Editorial

3ª dose da vacina

26 AGO 2021 • POR • 05h00

A vacinação avança no País e já é possível observar uma redução dos casos e óbitos da Covid. Mas ainda não é possível “baixar a guarda”. Infelizmente muitas vidas foram perdidas para a doença.
Ontem, uma novidade sobre a campanha de vacinação foi divulgada pelo Ministério da Saúde.
Será iniciada, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.
A decisão pela aplicação da terceira dose foi tomada de forma conjunta na noite de ontem (24), em reunião da pasta com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai).
É importante que a dose seja realmente aplicada para reforçar ainda mais a imunidade, sobretudo, em pessoas idosas que já tomaram a vacina.
A vacinação será a partir de 15 de setembro em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos (pessoas cujo sistema imunológico está comprometido por alguma condição de saúde). O reforço tem sido defendido por especialistas diante da alta de infecções entre imunizados com as duas doses, como foi o caso do ator Tarcísio Meira, que morreu este mês, e de evidências científicas de que a proteção induzida pelas vacinas cai ao longo do tempo.
Isso não significa que as vacinas sejam ineficazes contra o vírus, mas que a injeção extra pode ampliar a segurança desses grupos mais vulneráveis. Países como Estados Unidos, Israel e Chile também adotaram a estratégia semelhante. 
A partir de 15 de setembro, serão enviadas as doses de reforço para os imunossuprimidos que tenham tomado a 2ª dose há pelo menos 28 dias e de idosos com mais de 70 anos que tenham tomado a 2ª há pelo menos seis meses.
Conforme o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, o grupo de imunossuprimidos inclui indivíduos que passaram por transplante de órgão sólido ou de medula óssea, pessoas que vivem com HIV e CD4 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida. Também engloba pessoas que usam" imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizam tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses e neoplasias hematológicas".
As doses de reforço são importantes e a partir de agora, as cidades terão de se prepararem para as novas aplicações.