Cidades

Promotoras Legais ampliam debate sobre intolerância religiosa

Palestra foi norteada pela advogada Ingrid Limeira e marca 28º encontro do ano

19 OUT 2021 • POR de Suzano • 16h16
Promotoras Legais ampliam debate sobre intolerância religiosa - Mauricio Sordilli/Secop Suzano

As mais de 300 alunas do 9º curso de Promotoras Legais Populares (PLP), promovido pelo Serviço de Ação Social e Projetos Especiais (Saspe), acompanham nesta terça-feira (19/10) a 28ª aula da iniciativa. O conteúdo foi ministrado pela advogada e conselheira tutelar Ingrid Limeira e traz o tema “Intolerância Religiosa”. A aula pode ser acompanhada no canal “TV Prefeitura de Suzano” (bit.ly/TVPrefeituradeSuzano).

Na ocasião, a voluntária trouxe um olhar bastante técnico sobre como funcionam as leis que guiam o Estado Laico, o que é considerado intolerância religiosa e onde buscar apoio. A palestrante também mostrou exemplos em diversas religiões e ampliou o olhar das alunas sobre a liberdade de crença.

Especialista em Direitos Humanos e Diversidades e membro da Comissão da Infância e Juventude do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ingrid compartilha que caluniar qualquer religião é crime previsto em Lei. “O Código Penal Brasileiro considera crime, punível com multa e até detenção, zombar publicamente alguém por motivo de crença religiosa, impedir ou perturbar cerimônia, assim como ofender imagens e outros objetos de culto religioso”, explicou.

A conselheira tutelar na cidade de Santo André também traz para o debate temas que ainda geram muito tabu por falta de divulgação, como a sacralização alimentar e o abate religioso, atos considerados constitucionais em cultos de religiões de matriz africana.

Para a dirigente do Saspe, a primeira-dama Larissa Ashiuchi, disseminar o conhecimento correto de outras religiões e tornar Suzano uma cidade cada vez mais acolhedora para todos é um ponto importante a ser debatido pelas PLPs. “A nossa religião faz parte de quem somos, de como fomos educados e como enxergamos a sociedade e é preciso entender as diferenças entre cada uma. A nossa liberdade vai até o momento em que não estamos ferindo o direito do próximo”, concluiu.