O Programa de Ensino Integral (PEI) será ampliado para mais 42 escolas da rede estadual localizadas no Alto Tietê a partir de 2022, cinco delas estão em Suzano. A expansão do programa foi anunciada pelo governador João Doria (PSDB) e pelo secretário estadual da educação, Rossieli Soares.

 

Criado em 2012, o programa promove a melhoria da aprendizagem e o desenvolvimento integral dos estudantes, que passam mais tempo dentro da escola realizando práticas pedagógicas.

 

Na região, a ampliação vai atender unidades educacionais localizadas em Suzano, Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Salesópolis, Guararema, Santa Isabel e Arujá. Atualmente, 25 escolas da região já possuem programa aplicado aos alunos.

 

De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), Mogi é a cidade da região que vai ter maior ampliação do programa, com 13 escolas atendidas. Itaquaquecetuba e Poá terão a ampliação do programa em sete escolas, cada.

 

A lista segue por Suzano, que terá novas cinco escolas incluídas no PEI; Ferraz terá quatro; Guararema três e Salesópolis, Arujá e Santa Isabel terão uma cada.

 

Em nível estadual, atualmente já estão em funcionamento 1.077 escolas de ensino integral e a partir do próximo ano, serão 952 novas unidades, totalizando mais de 2 mil escolas com o programa.

 

O programa mantém o aluno por dois turnos possíveis na escola – das 7h às 14 horas e das 14h15 às 21h15. No turno único, as aulas ocorrem entre 7h e 16 horas.

 

Em Suzano, as escolas Raul Brasil e Sebastião Pereira Vidal já contam com o modelo de ensino, além da E.E. Professor Carlos Molteni, localizada no Parque Maria Helena. A unidade possui atualmente 480 alunos matriculados.

 

De acordo com a diretora da escola Fabiana Candido, o PEI contribui diretamente para o desenvolvimento pedagógico dos estudantes nas dimensões intelectual, física, socioemocional e cultural.

 

“No primeiro ano como PEI, tivemos uma adesão parcial, com permanência na escola de cerca de 70% dos alunos que já estavam matriculados. Na época os pais tinham muito receio, porque não conheciam, era uma novidade. Quando eles viram que tem um direcionamento, com aprimoramento, eles começaram a ver as mudanças”, explicou.

 

Na sala de aula a evolução dos alunos também é notada pela professora Fabiana Felipe, que vê a melhora no comportamento dos estudantes neste processo de imersão.

 

“O programa tem uma estrutura que propicia para que o aluno seja diferenciado. Com as práticas e ações a gente já percebe. Do ano passado para esse, vimos nitidamente a diferença desses alunos, desde o respeito, passando pela parte pedagógica e aprendizado”, disse.