Cidades

Ashiuchi anuncia intenção de aterrar lagoas Azul e do Raposão para evitar mortes

Anúncio foi feito pelo prefeito de Suzano durante entrevista ao Programa Radar Noticioso na manhã de ontem

17 DEZ 2021 • POR de Suzano • 05h00
Raposão e Azul devem ser aterradas - Regiane Bento/DS
O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL), anunciou ontem, durante entrevista à jornalista Marilei Schiavi, no Programa Radar Noticioso, a intenção de aterrar as lagoas Azul e do Raposão.
 
Segundo o prefeito, a Prefeitura vai pedir licença ambiental à Cetesb para fazer o procedimento. Segundo o prefeito, apesar dos avisos de proibido nadar na Lagoa Azul, por exemplo, onde existe sinalização e monitoramento, mesmo assim há pessoas que acabam frequentando o local.
 
Na semana passada, um jovem, de 18 anos, morreu no local.
 
Os Bombeiros foram até a lagoa e foi necessário realizar mergulho, pois a vítima estava submersa.
 
Uma viatura do Samu estava no local também, e a médica do sistema móvel constatou no local a morte da vítima.
 
No dia 24 de agosto um homem de aproximadamente 40 anos morreu afogado ao nadar no local. 
 
De acordo com a Prefeitura de Suzano, toda a imediação da lagoa recebe patrulhamento da Guarda Civil Municipal (GCM) na tentativa de inibir a utilização do espaço. 
 
Os afogamentos acontecem por conta do leito argiloso, oferecendo risco até mesmo em áreas de pouca profundidade. 
 
Neste mês, o deputado estadual Estevam Galvão (DEM) anunciou que a Lagoa do Raposão, localizada no bairro do Sesc, em Suzano, poderia ser revitalizada e parcialmente aterrada, acabando com as mortes no local. 
 
O assunto foi tratado pelo deputado com o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, durante reunião do Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê). 
 
O pedido foi reforçado pelo prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, que possui projeto de implantação de um espelho d’água no local, com estrutura para atender a população com segurança. “A Prefeitura já está desenvolvendo um projeto de aterro parcial do local, mas precisamos de autorização do Estado para isso. Trata-se de uma ação importante para evitar novos acidentes fatais por afogamento na lagoa, em especial no período de calor, quando muitos munícipes utilizam o espaço de forma irregular para a prática de atividades aquáticas”, explicou Estevam, no início deste mês. 
 
O espelho d’água deverá ter profundidade entre 0,60 centímetros e 1 metro, com a utilização de materiais apropriados, não contaminantes e de boa qualidade. 
 
O pedido foi recebido pelo secretário Penido, que se comprometeu a analisar a demanda e buscar caminhos para solucionar o problema.