As buscas por testes de Covid-19 aumentaram cerca de 80% nas últimas semanas nas farmácias de Suzano. De acordo com farmacêuticos e profissionais que atuam no ramo, desde as festas de Final de Ano até a segunda semana de janeiro, a procura disparou em decorrência do aumento de casos de Covid-19 e Influenza H3N2.

 

Ao contrário de picos anteriores da pandemia, agora a procura pelos testes rápidos também é percebida entre crianças de 4 a 11 anos que manifestam sintomas do vírus.

 

Apesar do aumento na procura, apenas três das sete farmácias visitadas pelo DS nesta terça-feira (11) em Suzano estão realizando o teste. Os preços variam entre R$ 90 e R$ 120.

 

Na drogaria onde a farmacêutica Fabiana Gonçalves atua, localizada Rua Benjamin Constant, a busca tem aumentado dia após dia. 

 

“Desde a semana após o Natal, nossa média de procura teve aumento de uns 80%. Está sendo até difícil controlar o fluxo de pessoas. Quando são integrantes da mesma família, até conseguimos fazer um seguido ao outro. Mas o ideal é ter o intervalo para fazer a esterilização da sala”, detalha. Situação parecida na farmácia onde atua a farmacêutica Talita Ferreira, localizada na Rua General Francisco Glicério. No local, o aumento registrado é de pelo menos 50%. Assim como em outras unidades, as verificações só estão sendo feitas por agendamento.

 

“Antes das festas de virada de ano nossa média de testes era de dez por dia. Hoje ultrapassa 20. Praticamente todos os horários do dia já estão preenchidos”, conta.

 

A farmácia oferece apenas o teste antígeno, feito com um cotonete. De acordo com Talita, o resultado leva em torno de 10 a 15 minutos e por isso é o mais procurado.

 

Além disso, ao contrário de outros picos da pandemia, a farmacêutica percebe que agora crianças também estão fazendo a verificação em maior quantidade. “Antes era mais comum ver idosos e adultos. Agora estamos fazendo bastante em crianças e jovens, que estão pegando bastante. Por isso é importante a vacinação imediata da faixa etária de 5 a 11 anos”, explica.

 

Além da busca pelos testes, o atendente Wesley Felipe, que trabalha em uma drogaria na região central, também destaca a situação do estoque de antigripais. Com o aumento de casos da Influenza H3N2, foi necessário reforçar as opções.

 

“Os estoques chegaram a ficar praticamente vazios. Precisamos reforçar para manter as opções de medicamentos. Alguns querem os mais tradicionais, outros buscam os mais específicos. No geral, o movimento cresceu bastante”, destaca.

 

Apesar do aumento na procura, na farmácia onde Gabriele Fernandes trabalha, os testes não estão sendo oferecidos.

 

“A procura existe, sempre entram consumidores querendo ser testados. Mas não oferecemos o teste porque foi uma decisão da rede”, explica.