Região

Indústria do Alto Tietê se destaca pela geração de empregos e produção

Setor emprega mais de 70 mil colaboradores e é um dos mais importantes do Estado; balança comercial avançou 21,5%

25 MAI 2022 • POR da Região • 09h10
Indústria do Alto Tietê se destaca pela geração de empregos e produção - José Paulo Lacerda/CNI
A indústria do Alto Tietê conta com mais de duas mil empresas espalhadas pelas cidades da Região, com predominância nas cidades de Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Suzano. O setor se destaca como um dos principais geradores de empregos, dado confirmado pelo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que aponta a existência de mais de 70 mil postos de trabalho no segmento, e também registra avanços na balança comercial. No Dia da Indústria, celebrado nesta quarta-feira (25), o setor mostra sua força e a tendência de recuperação.
 
Juntas, as cidades que compõem a regional Alto Tietê do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) - Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano-, enviaram para o exterior US$ 314,9 milhões em produtos nos primeiros quatro meses do ano - alta de 36,3% em relação ao mesmo período de 2021. O percentual de importações avançou 14,3%, alcançando US$ 538,6 milhões. Com isso, a participação da região na balança comercial avançou 21,5% neste ano, saltando de US$ 702,3 milhões para US$ 853,5 milhões.
 
Os principais produtos exportados no quadrimestre foram máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (23,2%), papel e cartão (19,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,8%). Por outro lado, as importações da região foram principalmente de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (22%), veículos automóveis, tratores (16,6%) e produtos farmacêuticos (10,7%). 
 
Os principais destinos das exportações do Alto Tietê foram Estados Unidos (23,9%), Argentina (14,6%) e Chile (8,5%). Por sua vez, as compras da regional tiveram como principais origens China (18,6%), Japão (14,5%) e Alemanha (12,5%).
 
A movimentação no comércio exterior confirma o potencial do parque fabril do Alto Tietê, que é formado por indústrias de diversos segmentos, como siderúrgico, celulose, automobilístico, químico, farmacêutico entre outros. Outro diferencial é a diversidade dos portes das empresas, indo desde pequenos negócios a grandes multinacionais.
 
"A indústria da Região tem se mostrado resiliente após dois anos de pandemia de Covid-19 e agora com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que impactaram na cadeia produtiva e assim nos índices. Além disso, enfrentamos a alta do dólar, a desvalorização do real e os juros altos, mas mesmo assim, o setor tem avançado. Sabemos que ainda teremos desafios ao longo dos próximos meses, no entanto, acreditamos que a força e persistência de nossas indústrias trarão bons resultados", destacou o diretor do Ciesp Alto Tietê, José Francisco Caseiro.