Levantamento realizado pelo Centro de Controle de Informações (CCI) da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), responsável pelo Programa de Concessões Rodoviárias, mostra que o começo da manhã e o final da tarde/início da noite são os períodos em que acontecem a maior parte dos acidentes nas rodovias. Serviram de base ao levantamento, realizado nessa Semana Nacional do Trânsito, os números do primeiro semestre deste ano ao longo dos 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas, que registraram cerca de 17 mil ocorrências no período.

 

O levantamento mostra que a maior parte dos casos ocorreu entre às 6h e as 8h59 (17,17%) e das 17h às 19h59 (20,65%). No total, esses horários respondem por mais de um terço dos acidentes registrados na malha concedida no período analisado. São 37,81% do total de ocorrências nos seis primeiros meses do ano, como mostra o gráfico mais abaixo.

 

Com objetivo de reduzir os acidentes nos períodos mais críticos, a Artesp - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 concessionárias integrantes do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, reguladas pela Agência, intensificam as ações preventivas, de conscientização e outras práticas para evitar possíveis ocorrências.

 

Nesses períodos, as concessionárias intensificam a divulgação de mensagens operacionais e educativas nos Painéis de Mensagem Variável (PMVs) - painéis eletrônicos distribuídos pelas rodovias. Também há ações específicas para evitar acidentes devido à formação de filas causadas pelo tráfego intenso, com a utilização, inclusive, de equipamentos específicos para detecção de lentidão. Conforme a necessidade, é implantada sinalização de alerta e solicitado apoio da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) para fiscalização do trânsito ou auxílio a pedestres, ciclistas, motociclistas e condutores.

 

“Entre as causas para o aumento de acidentes nesses dois períodos estão desde o maior volume de tráfego, o que potencializa o risco de acidentes, até o cansaço do condutor que, muitas vezes, está voltando para casa depois de um longo dia de trabalho. Outro fator pode ser a pressa para chegar ao destino, às vezes para não se atrasar no trabalho”, explica Rudyard Panzarini Paiva, superintendente do Centro de Controle de Informações (CCI) da Artesp.