Prefeituras discutem possibilidade de pagamento de piso da enfermagem
Pagamento está suspenso por decisão do ministro Barroso. Prefeituras aguardam decisão definitiva
Cinco das dez cidades do Alto Tietê analisam decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pagamento do piso salarial da enfermagem.
O pagamento do piso voltou a ser julgado no dia 19 de maio, pelo STF.
O ministro Luis Barroso revogou, em maio, a suspensão do pagamento mínimo para a categoria.
O ministro em 4 de setembro de 2022 suspendeu o Piso da Enfermagem que havia sido aprovado por lei. O magistrado atendeu Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7222 da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde). A entidade patronal contestou a validade do patamar de remuneração, alegando que o novo salário base provocaria impactos nas contas de unidades de saúde particulares e públicas de estados e municípios. O argumento foi acatado pelo ministro que, na ocasião, deu prazo de dois meses para que o Executivo e o Congresso explicassem o impacto financeiro e a fonte de recursos para cumprimento da medida.
Neste ano, especificamente em 12 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou um decreto do Congresso e abriu um crédito de R$ 7,3 bilhões para que Estados e cidades pudessem pagar o novo piso da enfermagem. Com o crédito a estimativa é que os enfermeiros recebam R$ 4.750, R$ 3.325 para técnicos em enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.
Suzano esclareceu que o pagamento está suspenso, neste momento. "A administração municipal ainda não recebeu os recursos financeiros para esta finalidade previstos na portaria nº 597/2023, do Ministério da Saúde”.
Ferraz de Vasconcelos disse que ainda não atendeu o novo piso da enfermagem, “pois o Ministério da Saúde não realizou o repasse dos valores para o custeio”. Sendo assim, a cidade aguarda o repasse para atualizar o piso salarial da categoria.
Assim como Suzano e Ferraz, os outros municípios como Itaqua, Santa Isabel e Guararema aguardam o repasse do Governo Federal para reajustar o valor.
Ao contrário das outras cidades, Poá e Mogi das Cruzes pagam a base salarial do profissional da saúde acima do piso salarial estipulado. Mogi não divulgou o valor, mas reitera que “remunera os servidores municipais da saúde com valores acima do novo piso nacional”.
Os servidores de Poá recebem em média R$ 6.005,00. Em relação aos técnicos de enfermagem, a questão está em estudo pelos departamentos competentes da Administração Municipal.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Mogi e Região (SindSaúde), o setor da enfermagem do setor público não recebeu o reajuste salarial.
A presidente do Sindsaúde, Katia Aparecida dos Santos explica que os trabalhadores estão prejudicados com o não comprimento do pagamento do piso pelo governo estadual.