Editorial

Vacina antirrábica

7 SET 2023 • POR editoracao • 05h00

Após 40 anos, foi identificado um caso de raiva canina na capital paulista. A notificação, feita pelo Instituto Pasteur no dia 1º de setembro, é de um cão do bairro Butantã. As informações são da Agência Brasil.
O caso segue em investigação pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde. Mas, por causa desse registro, a Secretaria Municipal da Saúde começou uma série de ações, como a vacinação dos animais de casa em casa, na área de abrangência, por tempo indeterminado. Nos dias 1º e 2 de setembro, já foram visitados quase 400 imóveis e vacinados mais de 360 animais, como parte das atividades de bloqueio. 
A cidade não registrava casos de raiva em cães, da variante canina, desde 1983. Já quanto a variante transmitida pelo morcego, o que é mais comum, o último caso aconteceu em 2011. 
Essa notícia abre um alerta para as cidades do Alto Tietê. Principalmente por conta da quantidade de animais abandonados (o que é crime).
Na capital paulista, por exemplo, a Prefeitura disponibiliza imunização gratuita contra a raiva para cães e gatos, durante todo o ano, em 18 postos fixos espalhados pela cidade, e também em postos volantes distribuídos pelo município.
A vacina antirrábica deve ser aplicada nos animais a partir dos três meses de idade. A Secretaria da Saúde recomenda que, em casos de acidentes por mordedura ou arranhadura de cães e gatos, deve-se procurar imediatamente o atendimento médico para avaliação e monitoramento. 
Agora as prefeituras do Alto Tietê precisam ficar atentas para iniciar campanhas de imunização contra a raiva em animais de rua, ou aqueles de famílias em vulnerabilidade, que não tem condições de vacinar em uma clínica particular.
A vacina para animais é uma questão de saúde pública. E precisa ser atendida pelo poder público, com a realização de campanhas mensais, durante todo o ano.