Como vai funcionar o Hospital Regional entregue pelo Estado?
Governador Tarcísio de Freitas inaugurou unidade em Suzano
10 DEZ 2023 • POR de Suzano • 13h00
Atendimento a casos de alta complexidade - Wanderley Costa/Secop Suzano
O Hospital Regional do Alto Tietê, em Suzano, antigo Hospital das Clínicas (HC), foi inaugurado na semana passada pelo goverandor Tarcísio de Freitas.
O que muda para a Saúde da cidade? Como vai funcionar o hospital? A pergunta é frequente nas redes sociais do DS após a entrega do prédio.
O hospital continuará atendendo por encaminhamento. Não tem Pronto-Socorro (PS) e não é “porta-aberta”.
A unidade será referência no atendimento SUS de média e alta complexidade a moradores de 11 municípios da região. Recebeu R$18,2 milhões, investidos em 2023, para ser entregue à população.
Na semana passada, além do governador, a cerimônia em Suzano reuniu o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado, deputados, prefeitos, vereadores e gestores de saúde de serviços públicos e entidades conveniadas ao SUS de São Paulo.
Só para se ter uma ideia, o hospital tem capacidade para 189 leitos, sendo dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta. A nova unidade estadual de saúde vai atender a uma população de mais de 3 milhões de pessoas que vivem na Grande São Paulo.
O hospital possui uma ala de longa permanência, com 68 leitos ativos para atendimento a pacientes que necessitam de cuidado integral, contínuo e reabilitação. Há agora, também, 20 leitos de clínica cirúrgica, 30 de clínica médica e 10 de UTI. Até fevereiro de 2024, a unidade em Suzano atingirá sua capacidade plena de atendimento.
"Estamos enxergando um amanhã muito melhor do que hoje. Eu posso afirmar que de quando nós assumimos para hoje nós melhoramos muito, e temos muito mais para melhorar pela eficiência que nós estamos traçando no gasto público. E, principalmente, pela vontade de investir na saúde e de garantir a cada cidadão desse estado uma saúde digna e com qualidade", afirmou o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva.
Além da clínica geral e cirúrgica, um dos focos do Hospital Regional do Alto Tietê será o atendimento a pacientes de ortopedia, com salas cirúrgicas para adultos e crianças em resposta a uma demanda da região. Anualmente, a unidade deverá fazer cerca de 2,8 mil procedimentos cirúrgicos de ortopedia e cirurgia geral.
O hospital terá capacidade para 408 internações por mês. Desde o último dia 18 de setembro, no início da abertura dos agendamentos, o hospital registrou 968 consultas, 511 exames e 105 procedimentos cirúrgicos. Além disso, 22 pacientes agudos já foram transferidos de outras unidades de saúde para a ala de longa permanência do Hospital Regional.
A unidade também vai oferecer cirurgias e exames como tomografia computadorizada, ultrassonografia e análises clínicas, mediante agendamento via regulação estadual. Os pacientes passarão por consulta e avaliação completa com a equipe médica antes do encaminhamento para os procedimentos cirúrgicos.
A estrutura conta um bloco para pacientes crônicos e outro só para cirurgias, além de duas salas cirúrgicas, seis ambulatórios e um setor de fisioterapia para pacientes internados para tratamento contínuo. O hospital também possui um espaço específico para coleta de exames, salas de apoio para equipe multiprofissional e outros ambientes para atendimento à população.
Atendimento será por meio de encaminhamento via Central de Regulação de Oferta de Serviços
O Hospital Regional do Alto Tietê (HRAT) está instalado nas dependências do antigo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), na Rua Dr. Prudente de Morais, 2.200, na Vila Amorim.
Com 179 leitos, sendo dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o local atenderá pacientes encaminhados via Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) e contará, neste primeiro momento, com clínica médica, clínica cirúrgica e ortopedia.
No total, foram entregues na terça-feira (5) os 99 leitos que compõem o Bloco C do hospital. Eles se juntam aos demais já existentes para complementar a oferta de espaços aos pacientes encaminhados. Além de aumentar a capacidade e possibilitar que a população tenha outra opção para ser atendida, a entrega do hospital representa a regionalização dos serviços de saúde no Alto Tietê, possibilitando que os pacientes sejam atendidos com diversas especialidades sem a necessidade de se deslocar para outras cidades da Grande São Paulo.
O governo do Estado investiu R$ 18,2 milhões só em 2023 para concretizar a entrega do Bloco C.
Além dos leitos, o local conta ainda com ambulatório, salas multidisciplinares, sala de radiografia, consultórios, recepção e serviço de diagnóstico. Será gerido pela Organização Social de Saúde (OSS) Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e receberá casos de média e alta complexidades, promovendo procedimentos cirúrgicos e exames como tomografias computadorizadas, ultrassonografia, radiografia, análises clínicas, entre outros serviços.
O custo para manter o hospital está estimado em R$ 6 milhões por mês e a previsão é de que a carga total de leitos esteja funcionando até fevereiro.
O governador afirmou que a entrega do hospital é importante para atender e dar esperança às famílias que vão procurar o local e frisou que se trata de uma promessa de campanha cumprida.
“A gente sabe que vidas serão salvas, que pessoas aqui vão ter esperança. Estamos falando de leitos, tomógrafo, ressonância, exame de imagem, e estamos falando de um corpo clínico e técnico dedicados. Saber que isso aqui está sendo entregue após 30 anos deixa a gente muito satisfeito. Falamos que entregaremos na campanha e hoje isso está sendo concretizado”, declarou Tarcísio de Freitas.