Cidades

Consórcio propõe mapear ilhas de calor e impedir retirada de árvores

Consórcio dos Municípios também elaborará um Plano de Drenagem Regional, segundo levantamento

23 FEV 2025 • POR Gabriel Vicco - de Suzano • 05h00
Alto Tietê está visando combater o superaquecimento e a supressão de árvores - Agência Brasil
O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) está visando combater o superaquecimento e a supressão de árvores ao longo do ano de 2025.
 
COMBATE AO AQUECIMENTO
 
Para o combate ao superaquecimento, a Câmara Técnica de Gestão Ambiental e Sustentabilidade irá identificar as ilhas de calor nos municípios. 
 
As áreas indicadas receberão arborização.
 
Em relação à supressão de árvores, o Condemat informou que integra o Grupo de Fiscalização Integrada do Alto Tietê Cabeceiras, que iniciou as atividades em 2021. Esse grupo já efetuou operações em cidades da região e impediu parcelamentos irregulares do solo e outras ações.
 
QUESTÃO ADOTADA
 
Outra questão adotada pelo consórcio na Câmara Técnica de Gestão Ambiental e Sustentabilidade foi o incentivo aos municípios em fazer o Plano de Mata Atlântica, que coloca como meta a ampliação da vegetação e a luta contra o desmatamento em seus territórios.
 
“O reflorestamento é ainda a melhor ferramenta para o controle da temperatura”, disse a coordenadora da Câmara Técnica, Solange Wuo.
 
“A emergência climática dispara muitas ações que demandam respostas em diversos campos distintos, mas que se integram. Um dos exemplos é que com esse cenário há grandes períodos de escassez de água e isso vai ficar muito frequente. Esse ano está chovendo, mas já está sendo desenhado pelos especialistas um novo período de forte estiagem. Por isso, temos de pensar em resistir e em resiliência”, exemplificou Solange.
 
Plano de Drenagem Regional é uma das metas da região
 
O Condemat propõe um Plano de Drenagem Regional, que está em fase de licitação. Como informado pelo DS em 11 de fevereiro, o Condemat foi contemplado em R$ 9 milhões pelo Governo do Estado de São Paulo para o desenvolvimento do plano. Esse estudo deve indicar ações de combate às enchentes no Alto Tietê.
 
O Condemat informou que também recebeu um financiamento do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) para a capacitação da população rural em boas práticas agrícolas e uso racional da água. Essa iniciativa está em fase de contratação.
 
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi contratado pelo consórcio, após projeto aprovado pelo Fehidro, para a realização de um estudo que mapeou a disponibilidade hídrica existente nas cidades produtoras de água e que integram o Cinturão Verde do Estado, que são: Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes, Salesópolis e Suzano.
 
O estudo foi concluído e resultou no Mapa de Zoneamento do Potencial Produtivo para Exploração de Águas Subterrâneas, ferramenta que indica os locais para maior sucesso nas perfurações de poços e alternativas para futuras situações de escassez hídrica.
 
O consórcio finalizou informando que a maioria dos municípios foi contemplada no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Bacia do Alto Tietê. Solange explica que é o único plano que trata da questão do destino dos resíduos, aliada à preservação dos recursos hídricos. “É algo para combater os aterros, que geram gás que aumentam as temperaturas. Ele é completo e deve direcionar o poder público sobre a forma mais sustentável de coleta e destino do que é produzido e descartado pelas pessoas”, disse a coordenadora da Câmara Técnica.