E os roubos?
O aumento dos roubos é uma preocupação constante no Brasil, impactando a segurança e o bem-estar de milhões de cidadãos. Embora as estatísticas possam variar, a percepção de insegurança é generalizada e afeta diretamente a qualidade de vida.
Roubos de rua, a residências e de veículos são alguns dos tipos mais comuns de crimes contra o patrimônio. Infelizmente, a subnotificação é um desafio, já que muitas vítimas deixam de registrar ocorrências por diversos motivos, como a falta de confiança na resolução dos casos ou a burocracia do processo.
Para se ter uma ideia, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 (com dados referentes a 2023), divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), aponta uma diminuição em alguns indicadores de crimes contra o patrimônio. Por exemplo, houve uma queda de 9,7% nos roubos de rua (transeuntes), totalizando 909.117 ocorrências em 2023. Já os roubos de veículos apresentaram uma redução de 11,2%, somando 164.630 casos no mesmo período. No entanto, é importante ressaltar que, apesar da queda, os números ainda são elevados e representam um grande problema social.
No Alto Tietê, os dados cresceram no primeiro quadrimestre de 2025, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e abril de 2025, foram registrados 2.505 roubos. No mesmo período de 2024, foram 2.992 ocorrências deste tipo. Os números englobam roubos a celular, veículos, cargas, bancos, entre outros.
O combate aos roubos exige uma abordagem integrada, que combine ações de segurança pública com políticas sociais. O investimento em inteligência policial, o aprimoramento da investigação criminal e o fortalecimento do sistema de justiça são fundamentais. Paralelamente, é crucial investir em educação, geração de emprego e renda, e programas de inclusão social, visando reduzir as desigualdades que alimentam a criminalidade.
A participação da comunidade também é vital, por meio de denúncias, organização de redes de vizinhos e adoção de medidas de segurança preventiva. A união de esforços entre governo, sociedade civil e cidadãos é essencial para construir um Brasil mais seguro e justo para todos.
As causas dos roubos são multifacetadas e incluem fatores socioeconômicos como desigualdade, desemprego e falta de oportunidades, além de problemas relacionados à impunidade e à fragilidade do sistema de justiça. A facilidade na aquisição de armas ilegais e a atuação de organizações criminosas também contribuem para o cenário.
As consequências dos roubos vão além do prejuízo material. O medo e a sensação de vulnerabilidade geram impactos psicológicos significativos nas vítimas, como estresse pós-traumático, ansiedade e depressão. Além disso, a violência afeta o desenvolvimento econômico e social do país, inibindo investimentos e o turismo.
Por isso, a penalização para quem cometer roubos deve ser cumprida e rígida, mas o trabalho para reinserir o cidadão na sociedade de novo e iajudá-lo a não ter de voltar ao mundo do crime também é necessário.