Jornalista suzanense discute violência política de gênero com deputada Juliana Cardoso neste sábado
Encontro será realizado na Comunidade São Dimas e terá como base o livro "Mulher, cultura e sociedade: o poder da feminilidade", de autoria de Gisleine Zarbietti
A deputada federal Juliana Cardoso estará em Mogi das Cruzes neste sábado (26 de julho) para participar de uma roda de conversa com a jornalista Gisleine Zarbietti e moradores da Comunidade São Dimas (Rua Morumbi, 42, Vila Joia). Com o tema “Fé política e participação feminina”, o encontro será realizado das 8h30 às 13 horas e terá como base o livro “Mulher, cultura e sociedade: o poder da feminilidade”.
A autora da publicação, que assim como a deputada iniciou sua militância nas Comunidades Eclesiais de Base, ligada à Igreja Católica, destaca que a atividade terá como foco central a violência política de gênero, tema que perpassa toda sua obra lançada em março pela Brilharte Editorial, editora independente de Poá. O objetivo da atividade será motivar o público presente, principalmente o feminino, a enfrentar o preconceito para ocupar um lugar de fala autêntico com mulheres que alcançaram o reconhecimento por si mesmas.
“Aceitar a mulher como produtora de conhecimento é uma grande ameaça em nossa sociedade. E nada melhor quem vive isso no dia a dia para falar sobre a importância de construir uma representatividade legítima, alinhada a princípios, no respeito à cultura e na valorização da nossa ancestralidade”, explica Gisleine, que instigará a convidada a compartilhar o caminho percorrido internamente na instância partidária para conquistar seu lugar de fala a partir da experiência de seus quatro mandatos na Câmara Municipal de São Paulo e atualmente no Congresso Nacional.
Nascida em Suzano, a jornalista Gisleine Zarbietti é também especialista em educomunicação e uma das autoras de “Memórias de Suzano – histórias e fotos de todos os tempos, do vilarejo à cidade grande”. Atuou na imprensa regional, na coordenação editorial de suplementos infanto-juvenis, na implantação e gestão de projetos voltados à educação midiática e na capacitação de alunos e docentes sobre gêneros textuais, leitura crítica, letramento digital e informacional. Integrou a coordenação Executiva do Programa Jornal e Educação da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e foi uma das idealizadoras do programa “Formando o Cidadão do Futuro”, do “Prêmio Professor Cidadão” e do Comitê de Lutas Paulo Freire.
Em “Mulher, cultura e sociedade: o poder da feminilidade”, ela mostra como o poder da feminilidade pode humanizar as relações sociais, construir um mundo melhor, conter o ódio, a violência, a intolerância e o preconceito para avançar em direitos com justiça, amor e solidariedade. Segundo a autora, trata-se de um livro obrigatório para todas as pessoas que acreditam em uma sociedade que valoriza e luta para que todas mulheres sejam reconhecidas em sua totalidade e que elas ocupem seu lugar devido com sua dignidade e respeito. “A imagem da capa resume a mensagem do livro: de que o poder da feminilidade está em equilibrar força, garra e coragem com delicadeza, astúcia e sensibilidade”, explica.
De origem indígena, Juliana Cardoso está em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, sendo eleita em 2022 com 125.517 votos. Nascida em Sapopemba, periferia da capital paulista, é considerada uma referência na defesa dos direitos humanos.