Mulheres devem iniciar a prevenção à osteoporose aos 40 anos, alerta ortopedista
Médica Giovanna Andrade afirma que é preciso incluir a densimetria óssea nos exames de check-up mais cedo para rastreio da doença; atividade física e alimentação rica em cálcio são essenciais
O mês de outubro é marcado por movimentos que chamam a atenção para os cuidados com a saúde da mulher. É também neste mês que se celebra o Dia Mundial de Prevenção da Osteoporose, doença silenciosa que afeta mais a população feminina após a menopausa e os homens com idade acima dos 70 anos. A médica ortopedista do Imot de Mogi das Cruzes, Giovanna Andrade, alerta: a partir dos 40 anos, as pacientes já devem incluir na rotina de check-up o exame de densimetria óssea, ideal para saber como está a saúde dos ossos.
De acordo com a especialista, o estoque ósseo ocorre primordialmente até os 30 anos. Caso não haja um abastecimento adequado de cálcio nas fases iniciais, as consequências virão com maior intensidade na meia idade, resultando no enfraquecimento dos ossos, a chamada osteoporose:
“Nos dias atuais, nossas crianças e adolescentes não brincam mais no sol e tendem a se alimentar pior do que fazíamos antigamente. Além disso, com o advento de novas tecnologias, nossos idosos não se exercitam tanto quanto deveriam. Esse cenário tem contribuído para avanços significativos de osteoporose”, pontuou Giovanna.
A doença é responsável pela maioria das fraturas de quadril e de coluna nas mulheres. Afeta a maioria feminina do início da menopausa em diante, a partir dos 40 anos. O fenômeno é resultado da queda acentuada do estrogênio, hormônio que protege a massa óssea.
O ideal, como orienta a médica, é a inclusão, nos exames de rotina, da densimetria óssea, que irá indicar o grau de perda óssea. Para os homens, a doença costuma avançar a partir dos 70 anos:
“É uma doença silenciosa na qual, muitas vezes, só identificamos o quadro a partir de alguma fratura. Dores na coluna também podem indicar a perda óssea”, afirmou Giovanna.
Como prevenir
Para a prevenção e o controle da doença, a ortopedista do Imot dá algumas dicas: alimentação rica em cálcio, vitamina D e atividade física, como musculação e corrida. De acordo com Giovanna, essas indicações também valem para os idosos — em especial, pois os que mais precisam de movimento para fortalecer os ossos.