Alto Tietê projeta avanços e cobra financiamento climático após COP30
André Chiang reforçou que a conferência simboliza uma virada de chave, marcando a hora de transformar discurso em prática
As secretarias municipais de Meio Ambiente do Alto Tietê avaliaram a 30ª Conferência das Partes (COP30), finalizada na sexta-feira (21), como um momento decisivo para transformar compromissos ambientais em ações concretas. As gestões de Suzano, Mogi das Cruzes, Arujá e Poá esperam que a conferência amplie incentivos, garanta acesso a financiamento climático e fortaleça políticas públicas voltadas à mitigação, adaptação e preservação de recursos naturais.
A COP é o maior evento das Nações Unidas global para discussão e negociações sobre as mudanças climáticas. O encontro é realizado anualmente. Em 2025, o Brasil sediou a 30ª COP, que aconteceu em Belém, no Pará. A cidade ofereceu uma plataforma única para debater soluções para a mudança do clima.
O secretário municipal de Meio Ambiente de Suzano, André Chiang, reforçou que a COP30 simboliza uma virada de chave, marcando a hora de transformar discurso em prática. Segundo ele, os debates sobre transição energética, proteção das florestas e engajamento da população dialogam diretamente com o que o município tem implementado.
A cidade se destaca por avanços recentes, como a ampliação da coleta seletiva, o fortalecimento da Central de Triagem do Miguel Badra e a revitalização de áreas de descarte irregular.
“Foram mais de 11 mil árvores plantadas desde a gestão do ex-prefeito Rodrigo Ashiuchi e o programa ‘Baby, me Leva!’ já garantiu lares para 2,2 mil cães e gatos, sendo mais de 400 só nessa gestão do prefeito Pedro Ishi”, salientou.
A administração reforça que as iniciativas ambientais seguem alinhadas a COP30, que defende cidades mais sustentáveis, integradas e participativas. “Enquanto o mundo fala de implementação e justiça climática, Suzano mostra que isso é possível na prática”.
Arujá
A cidade de Arujá projeta que a COP30 traga financiamento climático, fortalecimento das metas do Acordo de Paris, justiça climática e valorização de territórios com alta cobertura vegetal. O município destaca que possui 41,6% de vegetação nativa e mais de 50% do território em áreas de interesse hídrico, fatores estratégicos em um cenário de mudanças climáticas intensas.
A cidade também espera que a conferência gere diretrizes claras para a adaptação climática, incentive soluções baseadas na natureza e fortaleça ações locais alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Outro ponto destacado é a importância de integrar políticas regionais por meio do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat+), que compartilha experiência em resíduos, mobilidade, eficiência energética e conservação.
Para Arujá, a COP30 representa uma oportunidade de ampliar a capacidade de ação dos municípios e consolidar políticas ambientais com base nas melhores práticas internacionais.
Mogi das Cruzes
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Proteção Animal aposta que a COP30 trará novos incentivos e ferramentas para fortalecer políticas ambientais nas cidades. A expectativa é por mecanismos de financiamento, programas de proteção e recursos que estimulem a transição para modelos urbanos mais resilientes.
Em paralelo, a prefeitura ressalta que já vem se antecipando. Em comemoração à COP30 serão plantadas 700 mudas, com foco no plano de governo da prefeita Mara Bertaiolli, que tem a arborização urbana como um pilar de sua gestão, por meio do Projeto Brotos de Mogi. “A medida faz parte do compromisso permanente da administração municipal com medidas de mitigação das mudanças climáticas, com a intenção de combater os efeitos causados pelo aquecimento do planeta”, ressaltou em nota.
Poá
Por sua vez, a Prefeitura de Poá, que participou da COP30, avalia a presença como fundamental para reforçar o compromisso com o desenvolvimento sustentável da cidade e da região. Durante os fóruns, a administração municipal afirma ter cobrado ações concretas das instituições presentes para o enfrentamento da crise climática.
O município destaca a necessidade de ampliar o acesso das cidades a financiamentos climáticos, como o Fundo Nacional da Amazônia, e a recursos voltados à preservação ambiental, saneamento básico, infraestrutura urbana, drenagem e gestão de resíduos.
Para a administração, a conscientização da população segue como peça-chave para o sucesso das políticas ambientais.