O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, salientou ontem que o desempenho do mês de agosto, deficitário, mostra uma redução tanto em relação a julho quanto "significativamente menor" na comparação com agosto de 2014. "A despeito desse resultado na margem, o déficit primário de R$ 1,1 bilhão do ano é o pior resultado no acumulado de janeiro a agosto da série", comparou, na entrevista à imprensa para comentar os dados do setor público divulgados mais cedo pelo BC. A série teve início em dezembro de 2001. Em agosto, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, exceto a Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 7,310 bilhões em agosto, após registrar um rombo de R$ 10,019 bilhões em julho e de R$ 9,323 bilhões em junho. O resultado do mês passado foi praticamente a metade do registrado em agosto de 2014, quando houve déficit de R$ 14,460 bilhões. O resultado fiscal de agosto foi composto por um déficit de R$ 6,934 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o montante negativamente com R$ 174 milhões no mês. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 226 milhões, os municípios tiveram déficit de R$ 400 milhões. Já as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 202 milhões.