A taxa de desemprego no País subiu para 7,4% nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa revela aumento da desocupação na comparação com o trimestre anterior (setembro, outubro, novembro), quando era 6,5%. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o desemprego no trimestre encerrado em fevereiro também está acima do índice do mesmo trimestre do ano anterior (6,8%) e é o maior indicador desde o período de março, abril e maio de 2013 (7,6%). A Pnad Contínua se destina a produzir informações sobre a inserção da população no mercado de trabalho. Leva em conta as características demográficas e de educação, e também o desenvolvimento socioeconômico do país. A pesquisa é feita por meio de uma amostra de domicílios, de forma a garantir a representatividade dos resultados para os diversos níveis geográficos definidos para sua divulgação. A cada trimestre, são investigados 211.344 domicílios particulares permanentes, em aproximadamente 16 mil setores existentes no censo, distribuídos em cerca de 3,5 mil municípios. No período, o IBGE contabilizou 7,4 milhões de pessoas desocupadas, alta de quase 1 milhão de pessoas (14,7%) na comparação com o quantitativo de desempregados entre setembro e novembro de 2014, que era 6,5 milhões de trabalhadores. Por outro lado, a pesquisa verificou que o rendimento médio do brasileiro cresceu 1,1%, subindo de R$ 1.793 no trimestre fechado em novembro para R$ 1.817 nos três meses seguintes. O montante subiu ainda 0,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior, descontada a inflação. A massa de rendimento real habitualmente recebida para todos os trabalhadores cresceu para R$ 162 bilhões, o que revela aumento de 2,2% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Na comparação com trimestre encerrado em novembro, o aumento foi 0,7%. Para analisar o desemprego no país, o IBGE também elabora a Pesquisa Mensal do Emprego (PME). Na última divulgação, o dado registrou alta de 5,9% do desemprego no mês de fevereiro deste ano – a maior taxa desde junho de 2013. Por abranger menos regiões, a PME está sendo substituída pela Pnad Contínua, que coleta dados em 3.464 municípios.