O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima crescimento de 0,9% para a América Latina e o Caribe, mas retração de 1% na economia brasileira neste ano. De acordo com o estudo World Economic Outlook (WEO), para 2016 a projeção ao País é mais otimista e deve ficar em 1%, metade da expectativa dos países da região, de 2%. A evolução da inflação também é negativa para este ano, com expectativa de 7,8%, acima do limite superior da meta definida, que era 4,5%, com variação de dois pontos. Segundo o FMI, a quantidade de desempregados também deve crescer neste ano, podendo alcançar 5,9% e 6.3% em 2016. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve superar o teto do intervalo de tolerância da meta deste ano (de 6,5%), refletindo o ajuste nos preços regulados e a depreciação do real. A previsão para o crescimento global não sofreu alterações e está fixada em 3,5% e 3,8% para 2016. Os números sobre perspectivas à economia mundial foram divulgados ontem, em Washington, onde, nos próximos dias, ocorrerá o Encontro de Primavera, organizado pelo FMI e pelo Banco Mundial. Pelo relatório, as perspectivas para o crescimento global são desiguais entre as principais economias. Nas mais avançadas, o crescimento deverá ser mais forte que em 2014, enquanto que em mercados emergentes e em desenvolvimento, o crescimento esperado é mais fraco. No caso da América Latina, preços mais baixos de matérias-primas são problema. De acordo com o relatório do FMI, as perspectivas para o Brasil foram afetadas, entre outros, pela “seca e pelas políticas macroeconômicas mais restritivas”. Segundo o relatório, outro integrante do Brics que terá retração é a Rússia, com 3,8%. O país tem sofrido com embargos econômicos, consequência das intervenções na Ucrânia e queda no preço internacional do barril do petróleo. Os técnicos do FMI estimam crescimento de 7,5% para Índia, 6,8% para China e para África do Sul é de 2%.