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Economia

Governo Central tem déficit primário de R$ 14 bi de janeiro a agosto

30 setembro 2015 - 08h00

A piora das contas do governo federal não dá trégua e aumenta as dificuldades para a equipe econômica. O Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registraram no ano até agosto o pior resultado da história. A forte queda na arrecadação de tributos federais e o acerto de contas que foram pedaladas (atrasadas) pela equipe econômica anterior levaram a um déficit primário nas contas do Governo Central de janeiro a agosto de R$ 14,013 bilhões, o equivalente a 0,37% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. A deterioração fiscal até agosto torna mais distante o cumprimento da meta fiscal das contas do setor público de superávit primário de 0,15% do PIB. O Governo Central terá que entregar um superávit de R$ 5,8 bilhões (0,10% do PIB). A meta foi reduzida e, mesmo assim, o governo encontra obstáculos para alcançá-la diante da recessão econômica e da crise de confiança no governo. Em agosto, as contas do Governo Central registraram um déficit de R$ 5,081 bilhões. Conforme dados divulgados pelo Tesouro, é o pior resultado para o mês desde 2014. O resultado foi deficitário, apesar do pagamento de adiantamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas da Previdência social não ter sido feito em agosto, como ocorre todos os anos. Em 12 meses, o déficit do Governo Central acumulado é de R$ 37,5 bilhões - o equivalente a 0,65% do PIB. As receitas do Governo Central acumulam até agosto uma queda real de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Sobre agosto do ano passado, a queda foi de 12,7%. Já as despesas apresentam uma queda real no ano de 2,1%. Em relação a agosto do ano passado, o recuo é de 17,5%. Receitas de dividendos O caixa do governo federal recebeu um reforço extra em agosto. O Tesouro contou com 2,041 bilhões em dividendos pagos pelas empresas estatais em agosto.

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