O brasileiro estava mais temeroso em relação ao desemprego no segundo trimestre do ano, mas ligeiramente mais satisfeito com a vida. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Medo do Desemprego aumentou 5,4% em junho, na comparação com março, alcançando 104,1 pontos. É o maior nível alcançado desde setembro de 1999. De dezembro até o mês passado, o medo do desemprego cresceu 32,1%. Em relação a junho do ano passado, o indicador aumentou 36,8%. Por outro lado, o Índice de Satisfação com a Vida aumentou 1% em junho, na comparação com março, e está em 95,6 pontos, no segundo menor patamar da série, acima apenas do alcançado em março. Em relação a junho de 2014, porém, há queda de 7,3%. "Os indicadores refletem o aprofundamento da crise, ou seja, a maior dificuldade de conseguir um emprego e a inflação alta", afirma o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, em nota. A pesquisa da CNI foi feita com 2.002 pessoas em 141 municípios, entre 18 e 21 de junho.