Um boliviano, de 32 anos, é investigado pela Polícia Civil por suspeita de estuprar, engravidar e forçar o aborto da enteada, de 15 anos. Esse não é o único crime pelo qual é acusado. Tanto o suspeito quanto a companheira, que é mãe da vítima e de outras três crianças - filhos do casal - são averiguados pelo crime de maus-tratos. Segundo confissão do boliviano à Polícia Civil, os abusos ocorrem há anos. O caso veio à tona nesta quarta-feira, 25.
O Conselho Tutelar da cidade recebeu denúncia de que uma estudante revelou ter sido vítima de estupro. E que o responsável pelo abuso sexual seria o padrastro.
Conselhereiras foram até à unidade de ensino, e obtiveram detalhes quanto aos crimes, como, por exemplo, quando os abusos começaram e, também, o fato de o suspeito ter engravidado a vítima e a forçado a abortar. De acordo com a Polícia Civil, a vítima disse que o aborto teria sido realizado na Bolívia.
Mas não é só este o crime pelo qual o suspeito pode responder. Isto porque, segundo o Boletim de Ocorrência, as conselheiras e a Guarda Civil Municipal (GCM) estiveram na residência da vítima. Lá, foi constatado que três crianças, com idades entre 4 e 12 anos, estavam sozinhas. No local, segundo a denúncia, estava "muita desordem, sujeira e, ainda, as crianças apresentavam lesões pelo corpo".
Enquanto as conselheiras e guardas municipais estavam na casa, o suspeito e a companheira chegaram dizendo estarem procurando pelas filhas. Na oportunidade, de acordo com o B.O., a mãe da vítima abusada confessou ter ciência das relações entre seu atual companheiro e a filha.
A respeito dos abusos contra a enteada, o suspeito confessou manter relações sexuais com ela. Disse ainda que foi consentido, e que o último teria ocorrido há três meses. Ele e a esposa foram liberados por não haver situação flagrancial, ou seja, por não terem sido presos em flagrante.
A polícia solicitou exame sexológico para a garota, de 15 anos. Os irmãos dela foram levados à unidade hospitalar, foram medicados e estão sob tutela do Conselho Tutelar. O caso segue sob investigação.