Atualizada às 19h19.
Um médico ginecologista teve prisão preventiva decretada na manhã desta segunda-feira (5), sob suspeita de ter abusado sexualmente uma paciente durante uma consulta, em Suzano.
O caso está sendo tratado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Suzano. A vítima teria se sentido desconfortável durante a visita realizada em setembro e relatado ao namorado, que percebeu o ato libidinoso e foi até a delegacia.
A polícia levantou a ficha do médico José Adagmar Pereira de Moraes e constatou que ele já havia realizado ações suspeitas da mesma natureza no estado do Pernambuco, e que também há um Boletim de Ocorrência (B.O.) correndo contra o médico na cidade de São Paulo.
A delegada Silmara Marcelino, da DDM de Suzano, solicitou a prisão temporária ao juiz, que preferiu conceder a preventiva. O médico será interrogado ainda nesta segunda-feira.
"Como foi concedida a prisão preventiva, o inquérito tem que ser finalizado em 10 dias. Estamos aguardando a advogada dele. Será interrogado e verificaremos se falta algo a ser feito", disse a delegada.
Com a detenção do ginecologista, a delegacia agora aguarda para ver se outras mulheres também farão a denúncia. O médico, por meio de sua defesa, nega os fatos.
Em nota, o Grupo NotreDame informou que repudia qualquer tipo de assédio ou violência e que está colaborando com as investigações. Disse também que havia recebido, em 22 de setembro, uma reclamação contra o ginecologista afirmando que o médico havia feito um procedimento sem luvas.
O grupo diz que o médico é de uma "empresa terceirizada" e que, após a denúncia, abriu um processo interno, uma vez que o médico negou as acusações. A NotreDame foi "surpreendida" com a prisão preventiva do médico decretada. Ele está afastado definitivamente das suas atividades no grupo.
O DS não conseguiu contato com o advogado do médico.