Um bilhete encontrado na casa de Agnon Gomes de Souza Júnior, de 40 anos, morto num confronto com policiais da Rota – tropa de elite paulistana – no Jardim Quaresmeira, em Suzano, revelou audacioso plano para resgatar a cúpula da maior organização criminosa paulista do país. Membros da facção pretendiam montar um ‘caminhão blindado’ para destruir o muro da penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior.
Os detalhes foram descobertos, em junho deste ano, após operação da Rota para deter Agnon. A tropa de elite paulistana veio a Suzano, depois de denúncia relatar de que um assaltante de carro forte se escondia num imóvel, próximo à Estrada Santa Mônica. O crime pelo qual o suspeito era apontado ocorreu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Os PMs da Rota tentaram prendê-lo, mas houve confronto. Agnon foi baleado e socorrido ao hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu. Na residência, os policiais encontraram mais de R$ 200 mil, uma pistola, além de duas motocicletas de luxo.
Na época, a polícia disse ter localizado anotações, sobretudo, não informou qual tipo de informações continham. As informações, porém, foram divulgadas esta semana pelo jornal do SBT.
Plano
O plano tinha dimensões de cinema. Membros da facção pretendiam usar caminhão guincho, preparado com chapas de aço, e até usar metralhadoras .50 – capazes de derrubar helicópteros. O veículo pesado seria usado para derrubar muros da Penitenciária de Presidente Venceslau. A intenção era a de resgatar, ao menos, seis chefões da organização. Segundo o documento, a operação estava estimada em mais de R$ 500 mil.