Uma mulher, de 36 anos, foi presa ontem após agredir a própria sobrinha, de 2 anos. O fato ocorreu na Rua Padre Anchieta, no Centro de Itaquaquecetuba. O crime foi presenciado por munícipes, no entanto, a suspeita alegou que estava fazendo ‘carinho’ na criança. O Conselho Tutelar está acompanhando o caso, pois existe a suspeita de que a menina sofra maus-tratos.
Informações apuradas pela reportagem apontam que as agressões iniciaram-se em um ponto de ônibus na Rua da Liberdade. No momento em que munícipes presenciaram o crime, a mulher saiu com a criança e caminhou na direção da Vila Maria Augusta. Especula-se que ela tenha raptado a menina."Estava trabalhando quando uma moça entrou e comentou sobre as agressões e ainda disse que suspeitava que a menina pudesse ser agredida novamente. Fui atrás e presenciei-a dando tapas fortes no rosto da criança", contou a divulgadora Fabia Maria de Oliveira.
Fabia ainda contou que dois sentimentos tomaram conta de si: revolta e indignação por presenciar tal ato contra uma criança indefesa. "Eu tentei pegá-la, mas a mulher impediu e a colocou no colo".
"Soubemos dos acontecimentos através de um munícipe que, por sinal, também presenciou as agressões. Quando comunicamos que a levaria, a mulher disse que não teria problema, pois nasceu dentro de um sistema penitenciário e não ligaria de voltar para a cadeia", explicou o GCM Gerlan, que teve apoio dos guardas Castro e Joaquim.
MAUS-TRATOS
Gerlan ainda enfatizou que existe a hipótese de que a menina possa estar sofrendo maus-tratos. Isto, porque a criança estava com um calombo nas costas, o que pode indicar uma possível agressão mais grave sofrida anteriormente. A suspeita não foi confirmada, pois a garota ainda passaria por atendimentos médicos no Pronto-Socorro (PS) Municipal.
Os guardas ainda contaram que a mulher é tia da criança, mas não foi presa em flagrante. Contudo, ela deve responder pelos crimes de lesão corporal, violência doméstica e maus-tratos.