sexta 19 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Balanço

112 mulheres morrem durante o parto em dez anos no Alto Tietê

Índice de morte materna na região varia 57,1% em 10 anos; ao menos 11 mulheres perderam a vida em 2017

17 março 2018 - 23h55Por Marília Campos - da Região
O Infográfico da Mortalidade Materna no país, elaborado pelo Departamento de Informação e Análise Epidemiológica através da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, aponta um total de 112 mulheres mortas durante o parto (morte materna) na última década no Alto Tietê.
 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define morte materna, como a morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez.
 
Durante dez anos, os casos tiveram três períodos de queda e quatro de aumento. O maior pico foi em 2010, quando a região perdeu 18 parturientes, sendo oito apenas em Mogi das Cruzes. No ano passado, foram 11 mortes por causas obstétricas. O índice é 57,1% maior que o registrado em 2007, quando sete gestantes perderam a vida.
 
De acordo com o levantamento, a taxa cresceu três anos seguidos, entre 2007 e 2010. Houve uma queda acentuada até 2012, quando o menor índice regional apontou apenas três ocorrências: duas mortes em Mogi e uma em Arujá. Contudo, em 2013, os casos voltaram a crescer na ordem de mais de 300%, saindo de três para 13 novos óbitos maternos. Uma leve decaída foi observada em 2014, para crescer novamente até 2016- período com 14 perdas. No ano passado, o número foi reduzido em três ocorrências.
 
Dos 11 registros verificados em 2017, seis foram em Mogi, três em Suzano e um em Ferraz de Vasconcelos e Santa Isabel. Na cidade mogiana, os hospitais 'Luzia de Pinho Melo' e 'Nossa Senhora Aparecida' receberam metade dos casos, cada. A Santa Casa de Suzano teve dois óbitos, enquanto o Pronto-Socorro Municipal atendeu a terceira morte. As outras duas ocorrências da região se deram no Hospital Regional Doutor Osíris Florindo Coelho, em Ferraz, e na Santa Casa de Santa Isabel, respectivamente. 
 
As causas obstétricas diretas foram responsáveis por 63,6% das perdas de parturientes no ano passado. Nesta categoria estão incluídas as situações de aborto, hemorragia, hipertensão e infecção puerperal. Os outros 36,3% foram dados como causas obstétricas não especificadas. Segundo o estudo, nenhuma das gestantes faleceram em decorrências de fatores indiretos, como as complicações estabelecidas pela Aids, por exemplo. 
 
Cesáreas
 
Embora o índice de mortes maternas ainda não apresente sinais de contínua queda, a cesárea é o procedimento adotado em quase metade dos partos realizados no Alto Tietê. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o método seja empregado em até 15% do total de nascimentos, visando à redução de mortes diante de complicações, mas na região 46,2% dos bebês vieram ao mundo por meio da cirurgia. Conforme o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), o dado representa 8,9 mil crianças que nasceram no ano passado. Ao todo, as dez cidades somaram 19,2 mil partos realizados em 2017. 

Deixe seu Comentário

Leia Também