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Região

Comércio varejista pode perder 8 mil empregos; prejuízo é de R$ 100 mi

Mesmo com as vendas em sistema drive-thru e on-line, entidade estima queda de 80%

28 maio 2020 - 22h00Por Marcus Pontes - da Região
A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus atinge em cheio um dos principais geradores de emprego e receita no País: o setor varejista. No Alto Tietê, a projeção é de um prejuízo de mais de R$ 100 milhões em vendas por cartão de crédito, além do alartamente número de 8 mil novos desempregados até o final do ano, em função da queda de faturamento de lojas da região. É o que estima o Sindicato do Comércio Varejista de Mogi da Cruzes e Região (Sincomércio). 
 
A quarentena completa mais de 60 dias. Do dia 24 de março até agora, o DS tem mostrado os desafios de comerciantes neste período, como a implantação de vendas em sistemas como drive-thru e on-line, além do cenário lojas e comércio encerras as atividades começam a ser vistos - exemplo no Centro de Suzano, com mais placas de aluga-se fixadas em portas de aço. 
 
Segundo o presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, a projeção não é nada animadora. O faturamento do setor varejista, como vestuário e calçados, caiu cerca de 80%. Para ele, apesar de um retorno das atividades, irá ser difícil obter 50% das vendas conquistadas no ano passado, em igual período da quarentena. 
 
"Só para se ter uma ideia, em Mogi e Suzano, em média, as vendas por cartão de crédito, que é o que temos como projetar, giram em torno de R$ 800 mil dia. Ou seja, nesses dias de quarentena, o prejuízo superou mais de R$ 100 milhões", disse Martinez, que complementou explicando que as vendas por cartão de crédito no comércio varejista movimentam cerca de R$ 5,8 bilhões ao ano. 
 
O cenário do comércio da região, que representa cerca de 50% a 60% da contratações, não é animador. De acordo com Martinez, até o momento, 1,8 mil pessoas ficaram desempregadas no Alto Tietê durante a quarentena. Ele, porém, alerta para uma 'segunda onda' de demissões. 
 
"Em algumas empresas, foram dadas férias coletivas e redução de jornada de trabalho, por exemplo. A questão é que, agora, esses funcionários irão começar a voltar. Como (os estabelecimentos) vão fazer para eles trabalharem e, assim, pagaram as contas", questionou. Martinez, ainda, acrescentou: "Não terá como trazer todos. É uma bola de neve. A perda real de empregos pode chegar a 50%".
 
Para o presidente do Sincomércio, a crise provocada pelo coronavírus no país será ainda maior no final do ano. "Estimamos que, no Brasil, o número de desempregados possa chegar a 14 milhões de pessoas. Temos que pensar que, em novembro, dezembro, por exemplo, o seguro desemprego dessas pessoas irá acabar. Com isso, o dinheiro também irá. Como esse pessoal vai suportar pagar alimentação, moradia, movimentação", pondera Martinez quanto a necessidade de intervenção por parte dos governos estadual e federal. 
 
Martinez, ainda, deu um exemplo de como a crise tem causado prejuízos severos ao setor, especialmente o sediado no Alto Tietê. "A gente participou de um acordo entre a loja e os funcionários. Por falta de dinheiro, os gestores pagaram a rescisão com roupas. A maioria dos funcionários aceitou a condição, já que a empresa não é de má fé, no entanto, ela não tinha como pagá-los em dinheiro". 
 
Segundo ele, o ideal é um apoio financeiro melhor às pequenas empresas. "Se o governo não dar nenhuma solução, a gente vai ver isso com mais frequência na retomada das atividades.

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