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Região

Condemat questiona Estado sobre permanência na fase laranja

Prefeitos temem impactos maiores na economia regional com avanço da Capital para a fase amarela e aumento na transmissão da doença

26 junho 2020 - 18h06Por da Região

A direção do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) vai questionar o Governo do Estado sobre a avaliação dos critérios que mantiveram a Região na fase laranja do Plano SP, conforme anúncio oficial ocorrido ontem. Em reunião realizada há pouco, os prefeitos ressaltaram que o Alto Tietê tem condições de seguir para a etapa amarela e temem impactos maiores na economia regional com o avanço da flexibilização na Capital, além do aumento das taxas de transmissão da doença.  

Um ofício com vários questionamentos, em especial com solicitação de maior clareza nos dados e na fórmula de cálculo dos critérios de classificação, está em fase de elaboração pela equipe técnica do Condemat e será protocolado no Governo do Estado no início da próxima semana.

“Já solicitamos uma agenda com o secretário estadual Marco Vinholi (de Desenvolvimento Regional) para que uma comissão de prefeitos do Condemat possa entregar esse ofício e obter maiores esclarecimentos sobre os aspectos considerados na classificação”, adiantou o presidente do consórcio, prefeito Adriano Leite.

“É positivo o Alto Tietê permanecer na fase laranja quando temos regiões que voltaram para a vermelha. Mas é frustrante não avançar para a amarela, quando todos os nossos indicadores apontam que temos  condições para isso, a exemplo da Capital. Pior que isso, o fato de bares, restaurantes e salões serem liberados em São Paulo inevitavelmente atrairá moradores das nossas cidades, o que prejudica ainda mais a economia local e aumenta o risco de transmissão da doença”, acrescentou.

Na classificação divulgada hoje pelo Governo do Estado, o critério que pesou para que a região não avançasse foi o de evolução da epidemia, mais precisamente em óbitos. Enquanto na semana passada a região teve uma variação de 0,85, na semana atual o indicador subiu para 1,38, saindo da classificação amarela para a laranja. No critério capacidade hospitalar, a região permanece amarela.

A divergência dos dados do Estado e dos municípios é um dos pontos que voltam a ser questionados pelo Condemat. Na semana de 12 a 18 de junho, a região registrou 156 óbitos, enquanto os dados estaduais eram 129. Nesta última semana (19 a 25 de junho), as cidades contabilizaram 121 mortes e o Estado 186. 

Outro ponto a ser destacado é a retroalimentação dos sistemas de notificação. Muitas cidades receberam nos últimos dias a confirmação de óbitos ocorridos em maio e abril, que impactam as estatísticas atuais e contrastam com os indicadores de ocupação de leitos de UTI, que melhoraram nas últimas avaliações.

Um dos principais argumentos do consórcio, no entanto, é a taxa menor de óbitos que região tem em relação a Capital. De acordo com os próprios dados do Estado,  que contabilizam 1.233 vítimas fatais, o Alto Tietê tem 40,6 óbitos a cada 100 mil habitantes. São Paulo, que avançou para a fase amarela, tem 55,4 mortes para cada 100 mil habitantes.

“Nossa região tem trabalhado muito para melhorar a capacidade hospitalar e controlar a evolução da doença. É importante que todos os fatores sejam considerados porque ainda que a saúde seja a prioridade, não podemos ignorar os impactos na economia e a necessidade de avançar na retomada das atividades com todos os protocolos de segurança que o momento exige”, concluiu o presidente do Condemat. 

Oficialmente, desde o último dia 15 o Alto Tietê está na fase laranja do Plano SP, o que permite o funcionamento do comércio de rua, shoppings e serviços. Embora essa etapa estabeleça quatro horas diárias para esses setores, a maioria das cidades autorizou o funcionamento por seis horas – as exceções são Mogi das Cruzes e Santa Isabel que, por determinação do Ministério Público, tiveram de atender o previsto no decreto estadual.

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