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Críticas

Delegada comanda sindicato e cobra ações do Estado na área de segurança

Profissional também falou sobre o déficit de policias em todo o Estado e pede por valorização da categoria

10 novembro 2019 - 05h00Por Isabelle Santini - da região
A presidente do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo (Sindpesp), Raquel Kobashi Gallinati, comentou sobre o reajuste de 5% do salário base dos policiais militares, civis e técnico-científicos, agentes de segurança penitenciária e de escolta e vigilância penitenciária, anunciada pelo governador João Doria (PSDB) no dia 30 de outubro. A delegada também falou sobre o déficit de policiais em todo o Estado e cobrou valorização da categoria por parte do governo.
 
Raquel é a primeira mulher a ser eleita como presidente do sindicato. A entidade tem 30 anos. "Ainda é uma carreira predominantemente masculina. São menos de 15% de mulheres delegadas", diz a presidente.
 
O governador foi alvo de críticas por parte da categoria de profissionais da segurança pública. Raquel classificou a medida do reajuste como 'anúncio deboche'. De acordo com a presidente, esta porcentagem corresponde ao pagamento da data-base, que deveria ter ocorrido em março. "Ele (governador) anunciou que traria benefícios, mas na verdade não houve benefício algum".
 
Por este motivo, além da falta de contratação de policiais, estrutura e a não valorização dos profissionais de segurança pública, a delegada pede que esses fatores recebam mais atenção por parte do governo.
 
Um ato público pela dignidade da polícia foi realizado no dia 4 de novembro em frente ao Palácio da Polícia Civil e do Comando da Polícia Militar, no Centro de São Paulo, contra o reajuste salarial. A delegada afirmou que a intenção não é prejudicar a população. "A população quer proteção. Apesar do descaso do governo, não iremos deixar a população desprotegida".
 
"Ao longo da campanha e do mandato, o governador prometeu fortalecer e implementar recursos para que a segurança pública do Estado fosse a melhor do Brasil, para que fosse a polícia mais bem paga e ele não está cumprindo isso", emenda Raquel.
 
DÉFICIT
 
A delegada afirmou que o déficit de policiais de todo o Estado supera 14 mil policiais. Ela revelou que a polícia do Estado de São Paulo tem o segundo pior salário do País. 
 
Ela classifica a segurança pública como o pilar dos direitos sociais dos indivíduos. "A segurança abala automaticamente todos os outros direitos sociais. A população do Estado está insegura por causa da falta de estrutura da segurança pública.
 
Temos de ter estrutura, valorização e mais policiais atuando. Eles dão a vida para proteger a sociedade". A delegada comentou, também, sobre o acúmulo de funções de delegados que exercem a função em mais de uma delegacia. "Um delegado de polícia exerce a função de quatro ou cinco. Ele não descansa”. 

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