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Jornal Diário de Suzano - 14/04/2024
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Região

Familiares e amigos de ambulantes mortos em posto reivindicam Justiça

Ato aconteceu na frente da do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa

16 outubro 2019 - 16h18Por Marcus Pontes - da Região
Pelo menos 60 pessoas manifestam, na tarde desta quarta-feira, 16, em frente ao Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), em ato reivindicando Justiça pela morte dos ambulantes Rodnei Alves dos Reis e Bruno Nascimento de Souza, ocorrida no feriado de Dia das Crianças, em Itaquaquecetuba. O ato ainda pede a soltura de Kaue Oliveira Francisco, que também estava com os amigos vendendo água e sorvetes no Santuário de Aparecida. Este último teria sido espancado e amarrado. 
 
O delegado Rubens José Ângelo, titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa, deve intimar nos próximos dias os dois GCMs e os dois jovens presos, sendo um deles Kaue, que era ambulante.
 
Protesto
 
O protesto ocorre cinco dias depois de os ambulantes serem mortos, em um posto de combustível, em Itaquaquecetuba. Na ocasião, dois bandidos teriam tentado roubar a moto de um guarda municipal de Itapecerica da Serra. Houve troca de tiros e os ambulantes foram alvejados com mais de 13 disparos. As vítimas mortas abasteciam o carro no momento do crime. 
 
A esposa de Rodinei, Luciana Oliveira Alves, conta que as circunstâncias do crime devem ser investigadas afundo. Ela considera que houve negligência na apuração, já que os ambulantes estavam com o veículo carregado de mercadoria, como água e sorvete. “Eu só soube sobre a morte do meu esposo de madrugada, quando vimos a última localização do GPS do celular dele. O que queremos agora é Justiça. Eles (vítimas) eram inocentes”, disse.
 
“Foi um grande massacre. Torturaram um dos meninos. Amarraram ele e agrediram. Foi igual a ditadura”, comentou a sogra de Rodinei, Maria Ângela de Souza. 
 
Os manifestantes, formado por um grupo de ambulantes amigos de Francisco Morato, Franco da Rocha, Mauá, Guaianases e Itaquera, pedem ainda a soltura de Kaue Oliveira. 
 
Para eles, a prisão foi arbitrária e abusiva. Isso porque, durante o dia do crime, o ambulante afirmou ser inocente. “Eles estavam com as mercadorias. São inocentes. O Kaue foi preso sem passar por exame de corpo de delito. A audiência de custódia já decretou a prisão. Ele foi levado para o CDP de Suzano. O advogado entrou com pedidos de Habeas Corpus e foi negado”. 
 
A previsão é de que um novo ato seja realizado nesta quarta-feira no posto onde ocorreu o crime. Também há previsão de manifestação na porta do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Suzano. A data ainda não foi definida.