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Jornal Diário de Suzano - 24/04/2024
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Região

Golpe no WhatsApp altera fotos de perfis e tem políticos e servidores como alvos

Prefeitos da região também já foram vítimas da clonagem feita por golpistas

04 agosto 2021 - 05h00Por Matheus Cruz - da Região
O golpe do WhatsApp segue fazendo mais vítimas servidores e políticos. Nesta segunda-feira (2), o diretor jurídico da Câmara de Suzano, Julio Cezar Mayer, entrou para as estatísticas.
 
A lista de vítimas de golpes através do aplicativo já conta com o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PL), e a chefe do Executivo de Poá, Márcia Bin (PSDB), que já passaram por episódios parecidos neste ano.
 
Desta vez, golpistas tiveram acesso aos contatos do celular do diretor jurídico da Casa de Leis suzanense, e, através de outro número e usando a mesma foto que Júlio César usa em seu WhatsApp, passaram a solicitar dinheiro emprestado a familiares e amigos.
 
O sinal de alerta foi ligado quando os filhos do diretor jurídico receberam a mensagem do golpista, desconfiaram e fizeram contato com o pai por ligação para confirmar a informação, quando entenderam que se tratava de um golpe.
 
“Meus filhos desconfiaram de início, já que eu não costumo trocar de número. Eles me ligaram perguntando e eu entendi que era um golpe. Após isso, bloqueamos o número e passei a alertar todos os meus contatos, caso recebessem mensagens”, conta Júlio Cezar.
 
Apesar do susto, o diretor já havia recebido o golpe anteriormente. A primeira vez ocorreu em setembro do ano passado, quando os golpistas descobriram os dados de sua conta bancária e tiveram acesso a um empréstimo de R$70 mil reais.
 
Na época, a gerente bancária desconfiou da solicitação e entrou em contato com Júlio César, que negou o pedido, dando tempo para resgatar metade do valor liberado. O prejuízo restante ficou por conta do banco.
 
“O banco arcou com os custos após uma investigação, mas foi um prejuízo psicológico muito grande para mim. Ter seus dados expostos é uma experiência muito ruim de insegurança. Você passa a desconfiar de tudo”, explica.
 
Com os dois golpes sofridos, Júlio César reitera a importância de denúncias serem feitas através do Boletim de Ocorrência (B.O). Com o procedimento descomplicado de forma remota, ele conseguiu preencher os dados e emitir o B.O em apenas um minuto.
 
Segurança
 
De acordo com o especialista em segurança pública e privada Jorge Lordello, o B.O é um dos principais meios de evitar que golpes futuros ocorram. Com a identificação do ocorrido, a polícia consegue criar e reforçar ferramentas que combatem a prática. Além disso, ainda há outras formas de evitar o golpe.
 
“É preciso ficar atento à grupos de WhatsApp, onde quase sempre a pessoa não conhece todos os integrantes. Também é importante evitar o compartilhamento dos seus dados em plataformas como o Facebook”, explica.
 
Segundo o especialista, há golpes “mais especializados” que usam as informações retiradas do Facebook, especialmente de usuários que deixam a lista de amigos e o telefone celular em modo público.
 
“É um facilitador para o golpista. Desta forma, ele consegue ter um acesso com mais detalhes, o que facilita aos seus amigos acreditar que realmente é você”, comenta.
 
Além disso, Lordello destaca outras práticas para além dos aplicativos de mensagens, como o também conhecido “golpe do boleto”. Na prática, os golpistas geram boletos de internet e TV a cabo, e encaminham para as vítimas através do e-mail, como se fossem delas.
 
“Esse é outro tipo de golpe muito comum. Neste caso, a recomendação é apenas pagar boletos que são gerados no próprio site da empresa, e não apenas no e-mail. A checagem é sempre importante”, completa.

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