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Região

No Condemat, juíza do TJ fala sobre violência contra mulher

Tatiane Moreira Lima também comentou sobre abuso infantil e assédio nos transportes

04 outubro 2018 - 23h48Por da Região
Convidada do Conselho dos Fundos Sociais de Solidariedade, a juíza Tatiane Moreira Lima, do Setor de Atendimento de Crimes de Violência do contra Criança, Adolescente, Idoso e Deficiente do Tribunal de Justiça de São Paulo, participou de um encontro no Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), nesta quinta-feira (4), no qual falou sobre violência contra a mulher, abuso infantil e assédio nos transportes.
 
Durante a conversa com as presidentes e coordenadores dos Fundos Sociais e com os integrantes das Câmaras Técnicas de Políticas Públicas para Mulheres e de Gênero e Masculinidades, a magistrada também falou de iniciativas que podem ser desenvolvidas pelos municípios do Alto Tietê no enfrentamento à violência e destacou o papel do consórcio na articulação regional.
 
"Independente da cidade ter um órgão de defesa da mulher ou não, é preciso multiplicar as informações que a juíza Tatiane apresentou até porque os números da violência, e principalmente seus reflexos, são muito maiores do que os divulgados", ressaltou a presidente do Conselho dos Fundos Sociais, Larissa Ashiuchi. "Se cada município fizer um pouco, a região vai ganhar", acrescentou.
 
Com a experiência de quem julgou mais de cinco mil casos de violência contra a mulher, e de ter sido também vítima de um agressor em 2016 durante um julgamento no Fórum do Butantã, a juíza Tatiane abordou aspectos como o ciclo e os tipos de violência, o silêncio das vítimas e a atuação do Judiciário para efetivação dos direitos das mulheres.
 
Segundo a magistrada, a violência atua em três níveis. Ela atinge a criança,a mulher e o homem. O homem porque é o causador, mas que não pode ser crucificado porque muitas vezes apreendeu esse comportamento e que, se não for cuidado,vai continuar agredindo.
 
No caso da criança, a juíza citou um estudo que revela que crianças expostas a violência tem o mesmo nível de estresse pós-traumático de um soldado que volta da guerra. E, as mulheres,porque são vítimas e precisam conhecer seus direitos para quebrar o ciclo de violência.
 
"Trabalhar em rede é ter programas direcionados para as crianças, mulheres e homens e o Condemat pode planejar ações regionais com esse foco, há inúmeras possibilidades de trabalho", destacou a juíza. "Aliás, o consórcio está de parabéns porque só o fato de ter esse espaço de fala é muito importante e também porque acredito que só reunindo pessoas e instituições conseguiremos atingir nossos objetivos", concluiu Tatiane.

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