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Jornal Diário de Suzano - 25/04/2024
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Região

Pacientes com a Covid-19 vivem angústia com proibição de receber visita da família

Arujá adotou videochamadas para humanizar atendimentos, mas risco de contaminação impede visitas na região

18 junho 2020 - 05h00Por Daniel Marques - da Região
Os pacientes que estão internados com o novo coronavírus (Covid-19) no Alto Tietê vivem a angústia de não poder receber visitas de seus familiares. Da mesma forma, familiares não têm permissão para dar o último adeus, na hipótese de um falecimento, já que não podem acessar os leitos destinados aos acometidos pelo vírus. O DS consultou as dez cidades da região, e as sete que responderam, informaram que não é permitido realizar visitas presenciais, visto que se trata de uma doença com alto risco de contaminação biológica.
 
Arujá, no entanto, realiza videoconferências com pacientes da enfermaria do Hospital Municipal Dalila Ferreira Barbosa, onde também funciona o Pronto Atendimento Central, e do Pronto Atendimento Médico do Parque Rodrigo Barreto, onde ficam as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para Covid-19. É uma forma de "humanizar o atendimento" e trazer o "máximo de tranquilidade e conforto possível" para as famílias.
 
"Todos os dias, das 14 às 16 horas, os visitantes são recebidos por uma equipe multiprofissional (formada por médico, psicólogo e assistente social), que faz atualização do estado de saúde dos pacientes”, informou o Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento da Medicina (ITDM), que administra as unidades.
 
Atualmente, a cidade conta com 22 leitos dedicados ao novo coronavírus.
 
Familiares relatam perdas sem despedidas
 
Desde o dia 23 de março, quando foi oficializado o início do isolamento social em todo o Estado, o DS tem recebido várias mensagens de pessoas que dizem terem perdido entes queridos. Trata-se de mães, pais, irmãos, avós, netos, tios, tias, primos e amigos. São pessoas que partiram sem dar e receber o último adeus. 
 
Não há uma forma de se despedir com contato físico, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda distanciamento por conta dos riscos de contaminação. Em alguns hospitais, como o A.C. Camargo, em São Paulo, há uma política de “visitas”. Em duas unidades da rede, pessoa que quer ver o ente querido na UTI, o faz isolada por uma janela de vidro, como diz um comunicado do hospital em seu site. Outros hospitais do Brasil adotaram visitas virtuais ou ainda o contato pelo telefone.
 
Em Guararema, o paciente internado pode entrar em contato por telefone com seus familiares. Mogi das Cruzes e Poá informaram que avisam os familiares sobre o estado de saúde da vítima de Covid-19. A mesma situação já aconteceu com pacientes que ficaram no Hospital de Quarentena de Suzano.
 
Já a Prefeitura de Ferraz disse que ainda não considera um sistema de visitas, e que a área onde ficam os leitos de pacientes com coronavírus é “extremamente restrita”.
 
Já em Itaquá, pacientes que estão em unidades de internação ou na sala de estabilização estão proibidas, e não é recomendada a permanência de acompanhantes, para evitar a exposição ao vírus.
 
Até o fechamento da reportagem, as cidades de Biritiba Mirim, Salesópolis e Santa Isabel não haviam respondido as demandas enviadas.

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