Os municípios de Mogi das Cruzes, Poá e Santa Isabel estão classificados na pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) como de alto índice para a “infestação” e consumo da droga. Por meio dos dados obtidos pelo "Observatório do Crack", foi constatado que mais de meio milhão de pessoas vivem nessas cidades, ou seja, 38% da população do Alto Tietê vive em municípios com índice alto do consumo e circulação da droga.
Apenas o município de Guararema apresentou índice baixo do consumo. No local, existem mais de 28 mil habitantes. Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Salesópolis e Suzano estão classificadas com índice médio para consumo e circulação da droga. A quantidade habitacional nessas cidades chega a 960 mil, o que representa 60% do Alto Tietê.
Segundo a CNM, a classificação dos índices é feita pelas Prefeituras, que são as responsáveis pela atualização das informações que constam no "Mapa do Crack". No total, os municípios são classificados com índice: Alto, Médio, Baixo, Sem Respostas e Sem Problemas.
No Estado de São Paulo, 98% dos municípios estão com problemas relacionados a droga. As áreas mais afetadas pelo Crack nas cidades do Estado são: Saúde (31,27% afetada); Assistência Social (23,53%); Educação (24,59%) e Segurança (20,60%).
Observatório
O Observatório conta, principalmente, com a participação da comunidade, dos gestores municipais e dos secretários de Saúde e Assistência Social. Eles devem contribuir para enviar os dados sobre os Municípios e informar, por exemplo, o número de dependentes, quais ações estão sendo tomadas para combater a droga, e quais são as boas práticas que podem servir de exemplo a outros municípios. É uma radiografia do crack no País.
Estratégias
Além da situação em cada município, o Observatório do Crack contém toda a legislação sobre drogas disponível no País, notícias, artigos, biblioteca virtual com publicações sobre o assunto, um fórum para estimular a discussão entre os internautas e um canal de contato direto com a CNM.