

Como surgiu o seu interesse pela música? Brancco Langlada – Da família de músicos. Sempre tive ótima escola cultural musical, pai baterista, tios violonistas e uma curiosidade enorme por entender o porquê daquela arte fazer aquele rebuliço nas sociedades e ao mesmo tempo no íntimo das pessoas. Minha avó Anita Penteado, catedrática do kardecismo, dizia que minha escolha por reencarnar nesta família havia sido esta: a afinidade com um bando de músicos, artistas e anarquistas que se ajuntavam naquela casa. Mas com certeza depois de adulto, optar pela música como forma de expressar minha arte foi algo inerente a minha vontade. Por quê? Não sei. Para quê? Estou prestes a descobrir.
Quais são suas influências? Brancco – Eu me lembro de balbuciar JouJoux Balangandans com três anos de idade e naquelas melodias sussurradas por João Gilberto nas fitas K7 do Opala do “Seu João”. Aos nove anos de idade eu chorei por não conseguir ir ao show do Kiss antes do Rock n Rio I, cresci ouvindo Tom Jobim, Rita Lee, Thelonious Monk, com 14 anos eu amava Beny Goodman e Big Bands, por influência da minha avó Theresinha Langlada aprendi a compreender e ouvir os movimentos das obras de Bach, Beethoven, Lizt. Sou ouvidor assíduo de Iron Maiden, Guns and Roses, Aerosmith, Black Sabbath, muito do Chico Buarque, Milton Nascimento, mas verdadeiramente quem transformou mesmo minha vida musical foi um disco, que ganhei em 1992 chamado Everything Happens to Me - Chet Baker e Kirk Lightsey trio, quando eu descobri a sonoridade a musicalidade e a genialidade do Chet Baker e toda aquela geração de músicos intimistas, eu realmente encontrei minha fonte para estudo, inspiração e aprendizado musical.
Hoje Antunes Gomes de Lima, Carol Cagno Ferreira, Alexis Pagliarini, Cristiane Alcantarilla, Simone L. Pizzolato, Aglaé Lima, Filomena Kimura, Wolney Arita Silva, Sheila Antunes da Silva, Tamiris Antero, Mariza Costa, Flavio Tamogi Junior e Sonia Maria Porfirio da Silva.
Amanhã Tânia Raffoul, Leonardo Mancio Torres Auerbach, Neto Pereira, Ronaldo Costa, Léo Castilho, Julia Dias, Elisabete Castro, Rosângela Aparecida Claudino Ferreira, Patricia Panten Fukugava, Caio Rafael Rodrigues, Manoel Camanho, Elias Tabach, Catia Kurakata, Claudia Brandão do Prado e Fernanda Bissaco.Tem algum gênero musical que te inspira mais? Brancco – Me inspira o gênero musical que seja verdadeiro, que tenha verdade e profundidade. Que seja um tambor de lata tocado por um semi analfabeto ou que seja um xilofone tocado pelo Maestro Roberto Saltini num quarteto de música de Câmara, se for verdadeiro, sem mentira, sem falsidade ou má intenção.
Você vai gravar o disco “As Mais Sinceras”, no Estúdio Municipal de Mogi das Cruzes. Como surgiu este projeto? Brancco – O Projeto As Mais Sinceras surgiu da vontade de dar um grito pelo bom caráter e pelo positivismo pelo fim da polarização e pela unificação do ser com o humano, agregado a isso uma vontade imensa de resgatar a verdadeira música popular brasileira como ferramenta de estímulo ao bom caráter do brasileiro, como nosso arranjador Paulo Higa. Flavio Dias de Oliveira dirigindo os shows, dirigindo o making of e em várias parcerias nas letras das músicas.
