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Crise hídrica deve perdurar em SP

02 setembro 2015 - 20h12

Com queda no nível dos reservatórios e poucas chuvas, a região metropolitana de São Paulo deve continuar a enfrentar grave crise no abastecimento de água. O Sistema Cantareira opera na reserva técnica, e tem armazenados 12,3% da capacidade total das represas. São necessários 131,4 bilhões de litros de água para o sistema voltar ao índice positivo. Em 26 de julho, o sistema tinha 10,4% de déficit. Em um ano, o Cantareira perdeu 85,14 bilhões de litros de água, queda de 6,7 pontos percentuais em relação ao volume total. Outro sistema importante, o Alto Tietê, também opera em níveis baixos, apenas 14,4% da capacidade. Há um mês, esses reservatórios tinham armazenados 18,5% da capacidade. Diante desse cenário e caso os reservatórios se esgotem, a redução mais severa do abastecimento de água se torna urgente, na opinião do professor de Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Décio Semensatto. Para ele, a situação poderia ter sido evitada com a adoção de medidas estruturais. “Da água que sai do reservatório até chegar na torneira, cerca de 30% se perde na distribuição. Perdas na distribuição são aceitáveis, fazem parte do sistema. Mas, em países com o mesmo nível de desenvolvimento econômico do estado de São Paulo, esse nível de perdas está em torno de 10%”, citou. “A gente chegou agora ao final de agosto, praticamente no pico da estação seca. A gente tem ainda entre 45 dias e 60 dias para passar com seca. E a gente tem menos água do que tinha no ano passado. Talvez a gente não esgote todos os reservatórios neste ano, pois por determinação do Daee [Departamento de Águas e Energia Elétrica], a saída de água foi bastante reduzida e a gente está consumindo menos, por meio de racionamento”, disse o professor. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reduziu a pressão do abastecimento. Com isso, os consumidores recebem água por algumas horas do dia, e redistribuiu a demanda entre os sistemas. Antes da crise, os reservatórios do Cantareira eram usados para atender mais de 9 milhões de pessoas, atualmente pouco mais de 5 milhões. Ganharam importância os sistemas do Alto Tietê e Guarapiranga, que juntos fornecem água para mais de 10 milhões de habitantes.

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