Prevista para ser finalizada na última sexta-feira, a entrega da obra de captação de água do Rio Guaió está atrasada. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), as intervenções estão em fase de conclusão e devem ser finalizadas nos próximos dias. A assessoria de imprensa afirmou ontem, por meio de nota, que entre o anúncio da obra e conclusão se passaram quatro meses e "o atraso de alguns dias não comprometerá a segurança hídrica da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP)". A companhia explicou que os dias adicionais foram necessários porque na execução da obra foram encontrados cerca de 140 metros de rocha. "A interferência demandou de técnica de engenharia com uso de argila expansiva ao invés de retroescavadeira", explica a nota. As obras de transposição de água do Rio Guaió para a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Taiaçupeba passou por diversas etapas, entre elas, terraplanagem do terreno e construção das fundações da estação elevatória que bombeará a água captada para a Estação. A captação de água vai beneficiar os moradores do Alto Tietê e da Zona Leste de São Paulo. O objetivo é que o Sistema Produtor Alto Tietê (Spat) abasteça os reservatórios do Sistema Cantareira durante o período de estiagem. A Sabesp frisa ainda que ele não sairá da cota do volume morto até outubro. A ligação do Rio Guaió a Taiaçupeba contribuirá com mil litros de água por segundo. A quantia é suficiente para abastecer mais de 300 mil pessoas. A obra está orçada em R$ 28,9 milhões e conta com mão de obra própria da Sabesp. A intervenção vai implantar nove quilômetros de adutoras no Rio. O Guaió nasce em Mauá, no ABC Paulista, passa por Suzano, Ferraz de Vasconcelos e deságua no Tietê. Com a obra, serão bombeados 120 metros na estação elevatória. Em seguida, ela será lançada no Ribeirão dos Moraes, afluente do córrego Taiaçupeba-Mirim, por meio de tubulações, e depois direcionada naturalmente para a Represa Taiaçupeba.