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Economia

Argentina pode se tornar 'queridinha dos mercados', diz economista

24 novembro 2015 - 07h00

O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, enfrentará uma "agenda velha" para implementar as mudanças econômicas necessárias à Argentina, mas o resultado no médio prazo pode ser a recuperação da confiança e a atração de grande volumes de investimentos, segundo o economista Fábio Giambiagi, chefe do Departamento de Gestão de Risco de Mercado do BNDES. "Há a possibilidade que Argentina se torne a queridinha dos mercados internacionais e que o Brasil seja o patinho feio, se continuar essa situação horrorosa de inflação elevada e encolhimento da economia", avaliou, durante conferência promovida pela GO Associados sobre o resultado e os reflexos das eleições presidenciais argentinas. O especialista pondera que os problemas econômicos que os argentinos enfrentarão nos próximos anos já foram superados pelo Brasil há décadas. "Estamos falando de negociação da dívida pública com os credores internacionais (holdouts), inflação na casa de 20% a 30% há muitos anos, controle generalizado de preços, dúvidas sobre veracidade das estatísticas e agenda de atração de capitais", listou. "Apesar de uma inflação mais elevada neste ano e de experiências desastrosas com controle de preços de energia e petróleo, o Brasil já superou essas questões nos anos 1990", afirmou. Uma vez superada esta "agenda velha", no entanto, a Argentina pode voltar a "ficar na moda" nos mercados internacionais e ser capaz de atrair montantes relevantes de capitais. "Elementos de confiança e harmonia são muito importantes e um elemento crucial que definirá o destino da Argentina será a capacidade de negociação do Macri", eleito presidente no domingo.

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