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Economia

Crédito escasso afeta o agronegócio no Brasil

17 maio 2015 - 08h00

O agronegócio, que praticamente carregou o Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos dois anos, com taxas robustas de expansão, está sob risco de perdas diante da escassez de crédito, juros mais altos e da disparada do dólar ante o real. Diante da dificuldade de acesso a novos financiamentos, produtores rurais já atrasam a compra de insumos para a próxima safra. Levantamento feito dados do Banco Central mostra que a queda de contratações para custeio no primeiro quadrimestre do ano foi de 18,86% em comparação a igual período de 2014. O desempenho do crédito foi influenciado, entre outros fatores, pela menor captação da poupança rural e por uma retração dos depósitos à vista - principais fontes para o financiamento do agronegócio. De janeiro a abril do ano passado, o sistema financeiro havia feito R$ 19,921 bilhões em contratos de crédito rural voltados para o custeio. Este ano, no mesmo período, essa cifra foi de R$ 16,164 bilhões. Os dados do BC mostram que o financiamento que usa fundos da poupança rural, por exemplo, encolheu 26,97%, passando de R$ 10,388 bilhões para R$ 7,586 bilhões, valores referentes apenas a contratos de custeio. Nos financiamentos que têm como fundo os depósitos à vista, o tombo foi de 23,40%, passando de R$ 8,279 bilhões para R$ 6,342 bilhões no período. De acordo com o Banco Central, esses valores estão contratados e são classificados como crédito aberto à disposição do tomador, o que não significa que eles foram totalmente concedidos. Ou seja, a liberação efetiva para o produtor na agência bancária pode ser ainda menor do que os dados revelam. "O crédito não está aparecendo na ponta, para o tomador. Já existe atraso na aquisição de insumos. Essa compra já deveria estar acontecendo, mas não foi por falta de crédito", disse o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk. No Banco do Brasil, instituição que detém fatia em torno de 70% do mercado de crédito rural, os contratos chegaram ao menor nível para abril desde 2013, somando R$ 2 bilhões para custeio. Em abril do ano passado, o custeio para agricultura e pecuária havia somado R$ 3,79 bilhões. Em abril, o BB detinha 66,65% dos contratos de custeio.

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