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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Colunista

Crise de autoridade

09 abril 2017 - 08h00

A educação de crianças e adolescentes nos dias atuais anda fragilizada. Os pais vivem cheios de culpa em razão do pouco tempo dispensado à educação de seus filhos; por isso, temem usar a palavra "não". Outro fator que também tem contribuído para essa instabilidade no relacionamento entre pais e filhos é o fato de termos passado de uma sociedade centralizada no adulto para outra, que centraliza a criança e o adolescente. O perigo reside exatamente aí - nos extremos, na falta de equilíbrio. Hoje, a maioria dos pais não tem autoridade sobre os filhos. E, aqueles que ainda a tem, temem usá-la. Quando falo em autoridade, não me refiro a comportamentos anormais em relação às crianças, tais como, espancamentos, xingamentos, abusos, negligências, etc... Refiro-me, sim, ao fato de que alguém tem que ter a última palavra na família; alguém tem que tomar decisões e responsabilizar-se por elas; alguém tem que orientar, ensinar, conduzir, cobrar, disciplinar... E isso tudo não cabe aos filhos. Mesmo porque eles não têm maturidade para tanto. Os pais têm (ou deveriam ter) a maturidade que falta a seus filhos. Certa vez presenciamos uma garotinha de aproximadamente três anos "fazendo birra", enquanto os demais clientes do restaurante observavam a cena como que dizendo aos pais: "Ei, façam alguma coisa, tomem uma atitude!" A atitude foi fazer exatamente o que a garotinha queria, para acabar com a birra. Comportamento reforçado, comportamento repetido. Há especialistas em educação de filhos, que sugerem que pais e filhos deveriam estar no mesmo nível e, assim, tomarem decisões baseadas em negociação e acordo. Sustentam a ideia de que a criança sabe o que é melhor para si. Certamente, se uma criança fosse fazer tudo o que quisesse, não sobreviveria. Os pais, pela própria vivência, veem o que a criança não pode ver. Eles têm uma perspectiva diferente, podem perceber perigos que a criança não pode antever. Por isso, muitas vezes podem negar algo que o filho desejaria muito. E não precisam sentir culpa por causa disso, já que saber lidar com a frustração também faz parte do desenvolvimento infantil. Principalmente, quando são pequenas, as crianças precisam sentir a autoridade dos pais. Ainda que os pais não sejam perfeitos, a maioria deles pensa fazer o que é melhor para seus filhos - e não podemos tirar deles essa capacidade de liderar seus próprios lares, pois isso traria mais problemas para a sociedade. A Bíblia diz que a criança entregue a sua própria vontade, virá a envergonhar sua mãe. (Provérbios 29:15) Quem ama disciplina! É importante que nossos filhos saibam quem é o chefe. Embora vivamos em uma sociedade complexa, de valores distorcidos, não podemos deixar de praticar os valores ensinados pela Palavra de Deus. Os pais devem "acordar" e assumir o seu papel no lar, enquanto há tempo. Autoridade ( não autoritarismo), acompanhada de exemplo é o que nossas crianças e adolescentes precisam para formarem seus valores. É o que eles deveriam ver na família, nos governantes, nos professores, na sociedade como um todo.

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