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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Coluna

Amarelos de setembro

09 setembro 2025 - 05h00

É magnifico olhar e ver os ipês amarelos resplandecendo sob o azul do céu! Que espetáculo maravilhoso e divino!
Pequenas e grandes arvores completamente floridas encantando nossa vida, é a certeza da existência do Nosso Criador provendo o mundo com essas belezas para tornar a vida mais alegre e nos fazer agradecer a dádiva de estar neste local para apreciar essa natureza tão bela.
Não é só o amarelo que encanta nossa vista, o branco, o rosa também estão por toda parte, mas o amarelo parece grandioso e chama a atenção para qualquer lugar que direcionamos nosso olhar...
A vida parece ficar mais completa com tanta beleza se espalhando por aí, o sorriso se liberta e se mostra pleno em nosso rosto, mesmo que algum sentimento de tristeza queira nos possuir.
O céu azul quase sem nuvens desta época do ano, o Sol que brilha intensamente faz florir até mesmo as pequenas árvores.
É o amarelo da vida se fazendo presente para todos os lados, nos quintais,ss nas ruas, nas praças, na nossa vida, aumentando o nosso senso de brasilidade e de amor pelo país em que vivemos.
Entretanto, setembro também é conhecido e lembrado por outro amarelo, mas, que não traz a alegria dos ipês, mas a consciência das vidas que se perdem, não só neste mês tão peculiar e, sim durante todo ano, das mais diversas formas deixando só tristeza, desolação e dor...
É o amarelo do alerta, para que todos nós tenhamos sensibilidade, para que olhemos com mais atenção aos familiares e amigos que conosco convivem e que na maioria das vezes esconde atrás de um sorriso fácil, de brincadeiras frívolas, uma dor imensurável guardada em seu interior e que muitos de nós não conseguimos enxergar.
Pessoas que aparentam uma eterna felicidade, um sorriso cativante, palavras de incentivo para todas as situações, o abraço sempre pronto para recepcionar aquele que passa por alguma dificuldade, o ouvido sempre atento às dores alheias que, no entanto, não encontram recíproca quando a dor que sentem os afetam, quando a solidão e a tristeza interior faz com que se afastem sob qualquer alegação, sem contar de fato o que os aflige.
Por vezes tentam conversar mais sério, mas ao perceberem um mínimo de desatenção se guardam e se calam, voltam as brincadeiras e a leveza da existência, demonstrando exteriormente uma alegria que jamais sentem e assim escondem suas dores, seus temores, seus problemas, suas dificuldades.
Nossa atenção e sensibilidade deve ser sempre aguçada, afinal esses seres estão em toda parte, entre nossos familiares e amigos, e nada nos custa ouvir, estender os braços para estreitá-los num grande abraço carinhoso e fraterno, falar e fazer que entendam que estamos ali para caminhar junto, para dar a mão quando os passos titubearem, quando a vida parecer insuportável, quando os problemas que carregam parecerem insolúveis.
Não permitir que a solidão que sentem e o desamparo que os acompanha tome conta de todo o seu ser, fazendo com que busquem lançar mão do último recurso que conhecem para se livrar da pesada carga que carregam tirando a própria vida, acreditando que ela nada vale.
O suicídio é algo que nos surpreende sempre porque acreditamos que essas pessoas vivem num mar de felicidade e amor, que carregam dentro de si infinitos quilos de alegria e bom humor, que estão sempre disponíveis para nos ouvir e ajudar e que nunca precisam de um abraço acolhedor, de um colo, de ouvidos prontos para ouvir sem criticar e de palavras de incentivo e de esclarecimento.
Dois amarelos tão dispares, um tão notável e de tanto encantamento e outro que carece de muita atenção e amor, de olhar mais sensível, pois, se esconde até mesmo atrás de um sorriso farto...