As lojas enfeitadas para o Natal, imagens e bonecos de papai Noel espalhadas nas vitrines, tudo vai nos lembrando que essa data está se aproximando rapidamente e com ela o fim do ano...
Em outros tempos o ano parecia caminhar mais lentamente, tudo tinha um tempo certo, até as estações do ano chegavam com mais tranquilidade e características bem definidas. Agora sentimos tudo mais acelerado, nosso cotidiano voa, muitas vezes nem dá tempo para dar conta de todos os nossos afazeres, quando vemos o dia está findando e ainda temos uma porção de coisas para fazer. Estamos na Primavera, mas tem feito frio e ainda não dispensamos os cobertores e as roupas mais quentes, a mudança está nas chuvas e nos ventos fortes que chegam destruindo o que encontram pela frente, coisas que não víamos em outros tempos, a chuva era amena e nem imaginávamos o que era um tornado, só sabíamos da sua força pelos relatos de fatos ocorridos em outros países ou em filmes.
Agora coisas assim fazem parte da nossa vida, ver acontecer bem próximo de nós e até mesmo ter que nos preparar, pois, uma ventania forte e destruidora pode atingir o local onde moramos, são fatos que nos assustam.
Quando vemos na tela da televisão uma cidade inteira arrasada por um tornado, como se ali tivesse explodido uma bomba, deixando vazios onde haviam residências, comércios, quadras esportivas, prédios públicos que antes pareciam fortalezas bem construídas se transformarem num monte de ferro retorcido, carros sobre muros ou sobre o que era uma casa, com rodas para cima, percebemos que a natureza está mudando e deve querer demonstrar que é nossa responsabilidade essa mudança drástica que está acontecendo.
O tempo que passa mais rápido, a temperatura que se altera em todo o planeta, chuvas avassaladoras, calor insuportável, incêndios que se prolongam por dias, blocos imensos de gelo derretendo, tardiamente estamos percebendo quantas mudanças estão ocorrendo, mas envolvidos em nossos afazeres não percebemos e nem sequer prestamos atenção que mudamos muito nossos hábitos em nome do progresso e do conforto e o planeta, sendo único e sofrendo vem transformando a nossa vida.
Dura maneira de nos cobrar responsabilidade e respeito, afinal a Terra é a nossa casa. A única que temos ainda para viver...
Acontece este ano em Belém, no Pará a trigésima convenção para tratar das mudanças climáticas e as medidas necessárias para conter o avanço das mudanças que estão acontecendo, entretanto, muitos de nós sequer se interessa pelo que lá é discutido, mesmo cientes das mudanças que estão acontecendo e do quanto somos responsáveis por ela e pelos seus resultados, quase sempre catastróficos. É de grande importância que tomemos consciência que a natureza que nos envolve esta sofrendo alterações, cortamos as árvores porque sujam as ruas com suas folhas, mas não nos incomodamos com o lixo que produzimos e que de fato sujam o ambiente de forma degradante, usamos nossos veículos para pequenos percursos que podíamos fazer a pé sem causar poluição, fazemos uso de inúmeras embalagens descartáveis e as jogamos em qualquer lugar, muitos despejam lixos nos rios, sem se preocupar que essa mesma água após tratamento será utilizada para saciarmos a sede e fazermos nossa comida, esquecemos que não há fabricação de água nova, ela só se recicla o tempo todo.
As guerras modernas com uso de tantas bombas alteram o ar que respiramos e a nossa atmosfera...
Quando será que vamos tomar consciência de que com nossas atitudes destruímos nosso lar no Universo e que é nele que temos que viver, constituir família e criar nossos filhos...
Que lugar pretendemos deixar para nossos descendentes viverem?




