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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Coluna

A Mata Atlântica

27 junho 2025 - 05h00

A vida dos 10 municípios da Região do Alto Tietê pulsa intensamente com a vida da Mata Atlântica, território bendito e sagrado dos povos indígenas. De nada serviu o clamor e o canto de guerra dos Índios, para salvar as terras de seus ancestrais, os rios, as serras e as matas da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica que já perderam o encanto original, porque os homens estão deturpando estas áreas e tantas outras que caracterizam o solo brasileiro. O Junho Verde abre novamente o debate sobre o cuidado com a criação. No espaço mágico e encantador da Mata Atlântica que acompanha o litoral da nossa Região, onde os Índios viviam e também se escondiam, para escapar dos velhos inimigos, foram construídas cidades, metrópoles, arranha céus, fábricas, industrias, madeireiras, serraria e agronegócios. Já não podemos fingir que nada esteja acontecendo. A Igreja, iluminada pelos textos bíblicos que exaltam a beleza da Criação, há anos vem dirigindo o seu apelo em defesa do meio ambiente, denunciando o grande mal que estamos infligindo à Criação. Motores e buzinas substituíram os cantos sagrados das diversas aves: sabiá, periquito, corruíra, coruja, bem-te-vi, beija-flor, tico-tico. As águas da Região, que escorrem pelos rios Tietê, Jundiaí, Taiaçupeba, Guaió, Balaínho, Biritiba, formam várias represas que abastecem de água milhares de pessoas. Poderiam ter uma qualidade melhor, se não jogassem centenas de metros cúbicos de água de esgoto, sem o mínimo de tratamento. Nas serras, os carros descendo e subindo, se cruzam, se tocam, atravessam a Mata Atlântica permitindo aos motoristas e aos passageiros de curtir durante poucos instantes, os cenários e as cores de belas flores, os mistérios e os sabores de tantas frutas, os cheiros e os perfumes das plantas que embelezam a mata. A natureza agradece os olhares felizes dos que percorrem a serra até chegar ao mar, onde a brisa suave e o vento teimoso embala e agitam as águas e as pessoas. Que pena que o homem não tem mais tempo para contemplar as flores, sentir os perfumes, ouvir o canto dos pássaros, o cricrilar dos grilos e das cigarras e elevar-se com a mente e o espírito ao Criador e gozar daquela beleza que transmite paz, amor e vida ao coração. Além da pouca atenção que a natureza recebe, infelizmente, focalizando a nossa reflexão sobre a Mata Atlântica, esta vem sofrendo desmatamento, poluição, destruição e o que é mais triste, a extinção de várias espécies de vegetais e animais. A degradação do meio ambiente está vinculada à intensa urbanização, que faz com que o homem perca o seu vínculo, tanto físico quanto psicológico e emocional com a natureza. Quando a sociedade não se sente mais parte do meio ambiente é mais fácil degradar. Vários órgãos, sociais e educacionais, têm se dedicado a cuidar e preservar a indiscutível beleza, riqueza e biodiversidade da Mata Atlântica, através de projetos, livros, cartazes, sites, palestras e conferências, dando o maior apoio à preservação do meio ambiente. Entretanto, estes órgãos, jamais irão substituir as estatais e os órgãos governamentais, que são os verdadeiros responsáveis por toda a preservação dos biomas brasileiros. A Igreja, vem promovendo o reencontro do homem com a natureza, para que aprenda a respeitá-la e amá-la, aprenda a “Cultivar e guardar a Criação”