Acho fundamental dizer que nas guerras ninguém alcança somente belas vitórias, sem carregar antes uma ou mais derrotas. Não existe voo altaneiro de verdade se não houver coragem, ousadia, superação e sacrifício, após experimentar derrotas e perdas.Entre os países em guerra constatamos que há vitórias e derrotas inevitabilmente. As derrotas assombram a vida da população, sofrida, caída no inóspito chão ou nos espaços e áreas inabitáveis. As vitórias deixam apenas um brilho instantâneo que desperta e acalenta a esperança de novos tempos. Como não lembrar, as derrotas e as vitórias na vida dos casais, nós campos de trabalho, de estudo, da política nem sempre bem succedidos? No cristianismo, os apóstolos de Jesus consideraram a condenação e morte do Mestre e a perda do prestigio de Cristo diante das lideranças religiosas de Jerusalém, a pior derrota e a maior decepção para eles que esperavam o triunfo de Cristo como futuro Rei de Israel.
No entanto, a cruz que parecia ter frustrado as expectativas dos Apóstolos e dos discípulos de Jesus se tornou um dos símbolos mais importantes do Cristianismo, porque a morte de Jesus na cruz e a sua ressurreição possibilitaram a chegada de novos tempos para toda a humanidade.
Ninguém ou nenhum país na guerra consegue vencer sem ter sofrido alguma perda e derrota. A rigor, vitória e perda são testes da força militar que o país possue. Hoje em dia, infelizmente, o assunto que está em alta é a guerra em vários países, pois podemos ver o quanto o mundo está voltado para ela, sendo a favor ou contra.
Todos os dias a televisão transmite notícias das guerras entre a Ucrania e a Russia, entre Israel e Gaza cuja resistência depende não da participação do povo palestino na guerra, mas, apenas do grupo armado Hamas e da vontade do governo de Benjamin Netanyahu.
Os países precisam ser capazes de ultrapassar os intereses de poder, de dominação, de exploração econômica.
Diante dos limites militares, materiais, humanos e psicológicos abre-se o caminho para o diálogo que pode auxiliar na conclusão dos conflitos e no reerguimento psicológico e moral da população e se preparar para novos tempos, novas oportunidades e novas conquistas.
Que o fim das guerras, marque o início de novos tempos, mostrando que verdadeiramente as pessoas merecem viver uma vida mais saudável e próspera, com uma cultura e uma educação voltadas para a paz, a igualdade, a justiça, a honestidade e o respeito.
Muitas pessoas e muitos governos não dão muita importância ao diálogo, preocupam-se mais pelo poder sem responsabilidade.
A vitória vem antes de ir para guerra e vem somente através do diálogo.



