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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Coluna

A Primavera já vai nos iluminar

20 setembro 2025 - 05h00

Claro que sei que o tempo sempre anda meio fora das regras, que deveria cumprir, ou que achamos que deva cumprir. Contudo, as coisas ficaram muito mais desordenadas nesses últimos anos. O Verão caia sobre nós cheio de chuva, e bem quente, parecia ser a regra, muito tempo atrás, enquanto o Inverno era só seco e frio. Mas como fingir que não nos demos bem conta que as queimadas das florestas, serrados, e mesmo o pantanal, além de outros, como a derrubada das árvores, para plantações e criação de gado também não nos perdoou, como os que impunham minas. E todos nós sentimos o resultado disso na nossa vida diária. E vai ser desse modo por um longo prazo, igualmente sabemos bem. 
Ainda assim, também sabemos que temos o direito de receber um tanto das características das Estações que vão nos envolvendo uma depois da outra. Como sabemos que as estações se lançam de modos diversos em locais diversos. Inundações aqui, securas em outras partes. Frios aqui, calor ali, nos mesmos períodos.
Mesmo os urbanos contribuem bastante para essas alterações. Nossas poluições, com os veículos, incêndios e construções também dão a sua parte a esse preciso e desagradável mal-estar.
Porém, vamos reconhecer, as mudanças de estação, em especial num país como o nosso, trazem sempre, ainda, lindas sensações. Mesmo que sem serem impactantes elas seduzem.
Como não reconhecer que a Primavera está se aproximando? Como não perceber que ela nos envolve com tantas esperanças?
Morei fora do Brasil há mais de cinquenta anos e passei por muitas variações climáticas. Mas todas dentro do esperado. O inverno era frio, fortemente frio. Peguei umas vezes, pela Alemanha, por exemplo períodos de 20 graus abaixo de zero. Os lagos congelados. Podíamos caminhar sobre o que antes fora só água. Brincava que a minha residência na Capital da França era na “Paris Tropical”, tinha seu verão aquecido. Nunca tanto como o do Brasil, mas ali era bem fortinho. Nunca vivi o que hoje os europeus passam, com termômetros registrando cerca de quarenta graus. Inimaginável então. Mas hoje é coisa real para aquele povo. Morei também no Rio Grande do Sul, com suas temperatura s padrão pelo Estado. Sei que Porto Alegre era diferente, tinha
calor no verão e frio no inverno. Mas a bagunça que virou por lá nunca senti, com chuvas extremas, de tantas inundações, com securas a castigar as plantações, a população.
O nosso estado de São Paulo sempre foi o ideal. Tudo sempre equilibrado. Invernos calmos, com frio moderado e verão sem exageros. Sempre tivemos o meio do caminho. Nada como no Rio de Janeiro, com aquele seu calor de estufa. Nem tínhamos inversos de extremo rigor. Hoje, até num inverno, chegamos a mais de 30 graus aqui no Alto Tietê. Como negar, o mundo, o nosso mundo, está demasiado perturbado se abatendo sobre nós?
Mas, neguemos ou não, somos humanos, vamos nos acomodando em nosso mundo (muitas vezes sem nem contribuirmos para a sua melhoria), permitindo que alguns afetem nosso sistema de vida.
Ainda assim, como perdermos a esperança que nos guia? Nunca! Vamos em frente. Queremos um mundo melhor. Sem perdermos a esperança, nem a de que a Primavera que se aproxima de nós vai chegar com dias de luz e encanto.