Salomão começou bem o seu reinado. Pediu ao Senhor conhecimento e sabedoria para governar bem o povo. (II Crônicas 1:7-12) Como pediu certo, as demais coisas lhe foram acrescentadas - riquezas, bens e honras. O reinado de Salomão foi realmente próspero! Com base nos princípios em que fora ensinado, Salomão não pediu egoisticamente para si, como faz a maioria das pessoas. Ele queria beneficiar o seu povo. Imbuído desse afã, Salomão põe firmemente os alicerces espirituais da construção do templo, encaminhando o grande e audacioso projeto, que nascera no coração de seu pai, o rei Davi. Deveria ser o lugar onde Deus seria adorado! O lugar escolhido foi o Monte Moriá. Salomão foi cuidadoso com a construção, prestando atenção aos mínimos detalhes. Tudo deveria ser feito de forma organizada, com excelência, conforme as instruções dadas pelo Senhor! Salomão começou muito bem, fazendo o que agradava ao Senhor! É por isso que não conseguimos aceitar os passos dados por ele posteriormente ao longo de seu reinado! É fato que as mesmas pessoas que fazem coisas extraordinárias podem ter seus deslizes e cair, se não estiverem vigiando sempre!
Em II Crônicas 6 há o registro da oração de Salomão por tudo o que já havia sido feito na construção do templo. Ele se ajoelhou na presença de todo o povo, levantou as mãos para o céu, e começou a exaltar a Deus, como o Senhor, o Todo-Poderoso, o Deus de Aliança, de amor e bondade para com os que vivem uma vida de obediência a Ele. Em seguida, Salomão reafirmou a confiança em Deus, que não havia mudado e, portanto, continuava abençoando o seu povo. Dando continuidade à oração, Salomão mostrou a própria limitação dele, do povo, dos homens em geral, diante da grandeza de Deus. Finalmente, Ele pediu que as misericórdias do Senhor os acompanhassem em todas as situações; principalmente, quando transgredissem as leis do Senhor. Nesse ponto, ele já inicia uma oração de confissão. Esse não é um tema muito caro nos dias atuais. De forma geral, a confissão dos pecados reais e particulares nem sempre faz parte das orações. Mas deveria! Na nossa intimidade com o Senhor, deveríamos confessar os nossos pecados, pedir-Lhe perdão e a Sua ajuda para nos corrigirmos. Sem confissão não podemos ser perdoados e transformados. O texto de I João 1:8-9 é claro sobre isso: "Se dizemos que não temos pecados, estamos nos enganando, e não há verdade em nós. Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, Ele cumprirá a Sua promessa e fará o que é correto; Ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade".
Efetivamente, só Jesus não pecou. Todos os demais pecaram. Os seres humanos pecam. Precisamos reconhecer e confessar o nosso pecado. Devemos ficar tristes, quando não ficarmos tristes com o nosso pecado. Muito mais, quando pecar não nos incomoda mais. Reconhecendo e confessando a Deus sinceramente, podemos desfrutar do refrigério e do perdão. Precisamos nos lembrar sempre que a nossa velha natureza tende para o pecado. (Romanos 8:6) Nove séculos antes de Jesus, Salomão orou como Jesus também nos ensinou: - "Perdoa-nos!" Jesus sempre nos ensinou a pedir perdão pelos nossos pecados. Além disso, Jesus nos ensinou também a perdoar aos que nos ofendem, em maior ou menor grau, do mesmo modo em que somos perdoados por Deus, a quem ofendemos, quando pecamos. O perdão não vem da lei, mas sim da graça. Não perdoamos porque somos justos, mas porque fomos alcançados pela graça de Cristo! Perdoar a quem julgamos não merecer é algo espiritual. Se perdoar ou pedir perdão tem um preço, peçamos ao Senhor ajuda para pagar esse preço! Quão diferente é uma vida guiada pelo Espírito Santo! Uma vida que começa, permanece e termina na presença de Deus!




