Devemos orar sem cessar. A oração deve ser o nosso primeiro recurso. Orando, a gente recebe refrigério, direção e resposta. Orando, a nossa fé se fortalece. A oração não deve apenas fazer parte de nossa vida; ela deve ser o nosso estilo de vida. O apóstolo Paulo fala bem sobre isso: "Orem sempre, guiados pelo Espírito de Deus. Fiquem alertas. Não desanimem e orem sempre por todo o povo de Deus. E orem também por mim, a fim de que Deus me dê a mensagem certa para que, quando eu falar, fale com coragem e torne conhecido o segredo do evangelho". (Efésios 6:18-19) Satanás treme, quando um cristão se levanta em oração. Muitas vezes, porém, não sabemos se estamos orando de acordo com a vontade de Deus. É o próprio apóstolo Paulo quem afirma em Romanos 8:26-27 - "Assim também o Espírito de Deus vem nos ajudar na nossa fraqueza. Pois não sabemos como devemos orar, mas o Espírito de Deus, com gemidos que não podem ser explicados por palavras, pede a Deus em nosso favor. E Deus, que vê o que está dentro do coração, sabe qual é o pensamento do Espírito. Porque o Espírito pede em favor do povo de Deus e pede de acordo com a vontade de Deus". Em síntese - o Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, interpreta perfeitamente a nossa oração para o Pai. Reconheçamos que não sabemos orar adequadamente. Mas nem por isso devemos deixar de orar, porque podemos contar com o Supremo Intercessor. Deus não nos ouvirá melhor, se elevarmos o tom e o volume de nossa voz. Tão pouco se gesticularmos mais, se estivermos ajoelhados, em pé ou sentados. O que vale é sermos guiados pelo Espírito Santo e contarmos com a ajuda Dele em nossas orações.
Não sabemos orar como convém é uma verdade. Mas o Espírito Santo sabe. Por mais que tenhamos uma vida de oração, o que importa de verdade é a sinceridade do coração e a fé de que o Pai nos ouve e atende de acordo com a Sua vontade, que é soberana. Não é a postura do corpo que importa, não são as palavras cuidadosamente usadas. Precisamos seguir os comandos do Espírito Santo como Aquele que está no controle. Precisamos depender da intercessão Dele por nós, reconhecendo a nossa dificuldade em orar de acordo com a vontade de Deus. Quando intercedemos em oração por alguém ou por alguma causa, precisamos contar com a perfeita interpretação do Espírito Santo.
Na parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18:9-14), Jesus mostrou que a oração do fariseu, focada em seus méritos, não passou do teto -"Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho". Pode ser que o fariseu fizesse tudo o que relatou, de fato. Mas, quando ele ora, fala mais de si mesmo do que da grandeza de Deus. Ele cumpria todo o ritual religioso, mas o coração não estava de fato quebrantado. Já o publicano ficou de longe, nem ousava levantar o rosto para o céu; olhou para o seu interior. A sua oração foi sincera, simples e profunda: - "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pois sou pecador". O primeiro falou de suas virtudes; o segundo reconheceu que não era digno e que dependia da misericórdia do Pai das misericórdias. Voltou para casa justificado e em paz consigo mesmo. Não sabemos orar de forma eficaz a não ser com a ajuda do Espírito Santo. Muitas vezes estamos orando na contramão da vontade de Deus, mesmo com a melhor das intenções. A intercessão do Espírito Santo é sempre em concordância com a vontade de Deus. Oremos, sabendo que temos um parceiro de oração, o Espírito Santo, que intercede por nós!




