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Jornal Diário de Suzano - 13/12/2025
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Colunista

Artista Plástico

20 maio 2017 - 08h00

Cada um de nós faz leituras diferentes, diversas, sobre as linguagens artísticas. Não só quanto a poesia ou a música. Estou especialmente me referindo as Artes Plásticas. Evidentemente, quanto mais soubermos sobre as artes, sobre as linguagens, sobre suas normas ou a falta delas, mais poderemos interpretar, alargando horizontes adiante das nossas possibilidades de visão. Porém mais informação, mais conhecimento nas nossas mãos e nas nossas mentes não impõem uma idêntica leitura de um quadro de um certo artista que se aprecie. Tenho amizade com muitos artistas plásticos, pintores, gravadores, desenhistas e por aí vamos. E amo muitas das suas obras. Mas isso não impede que até os amigos me desafiem a leituras complexas de seus trabalhos ainda mais complexos. Muitos dos meus amigos artistas plásticos consegui acolher em minha casa por meio de suas obras. Alguns muito diversos uns dos outros. Mas aí o “problema”, se é que é um problema, é meu. Pergunta-se, por que e como consigo gostar de coisas tão diversas nas suas formas? Isso não é uma questão do artista. É uma questão do espectador. Não vamos tratar de teoria artística. Vamos tentar sentir a beleza. O artista plástico se souber mais técnicas pode despertar mais as suas sensibilidades. Cada quadro seu será um poema em que tenta traduzir o que lhe toca nas paisagens pelas quais passa. Tenho um amigo em que nesses últimos vinte anos pude acompanhar sua criação artística, o Policarpo Ribeiro, o reconhecido Poli. Pois ele tem uma obra bem variada. Sua obra é sobremaneira sensível. E ele não acredita, assim o demonstra a sequência do que faz, em obra finalizada, terminada, não passível de alteração. Ele constrói sua arte dia a dia. O Poli lê muito. Estuda muito. Observa todas as expressões artísticas. Está sempre tentando também adequar ao seu fazer artístico as linguagens daqueles mestres que lhe impressionam. Ele se exibe como se quisesse mesmo dominar as técnicas magistrais. Permite-se circular por Picasso como por Da Vince ou por Van Gogh. Sempre criando na sua própria maneira a sua expressão. Tenho uma pintura dele, sem nome, sem título. Uma pintura que me chegou, conforme dedicatória, escrita no verso, em 21 de outubro de 2001. Exibe um vaso de flores multicoloridas. Lembra os óleos carregados que poderiam trazer marcas, talvez, como as de VanGogh, com formas um tanto lá para aquilo que já passou por Renoir. Assim denominei o quadro de “Flores a me Encantar”. Por vezes, como agora, olho o quadro e lembro alegre do amigo, Poli, com seu jeito, por vezes diverso de muitas das suas artes, um gestor bem organizado, acadêmico, museólogo de formação, curador de artes. Um amigo sensível. Minhas homenagens, a você. Poli, pelos Artistas Plásticos!

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