Num inverno, quando eu ainda era criança, meu pai estava precisando de lenha. Procurou uma árvore morta e a cortou. Mas quando chegou a primavera, viu que no tronco da árvore que tinha cortado nasciam novos brotos. Meu pai ficou desolado. Então, ele disse:
"Tinha certeza de que aquela árvore estava morta. Perdera todas as folhas no inverno e fazia tanto frio que os galhos quebraram e caíram no chão, como se o velho tronco tivesse ficado sem vida. Mas agora percebo que ainda existia vida naquele tronco". Depois, voltou-se para mim e aconselhou-me: "Não esqueça esta lição. Nunca corte uma árvore no inverno. Não tome uma decisão negativa no tempo adverso. Nunca tome decisões importantes quando se sentir desanimado, deprimido e com espírito abatido. Espere. Seja paciente. A tormenta passará. Lembre-se: a primavera voltará!". A presente estorinha nos traz profundas reflexões.
O escritor Daniel Sant'Ana Leite comentou: "Dizem que quando estamos de cabeça quente dizemos a verdade.
Eu discordo! Acredito que por instinto, se alguém te machuca, você faz o mesmo. Não por se tratar de verdade ou mentira, mas por saber que vai machucar". Um pensamento muito citado, diz o seguinte: "É melhor pecar por ação que por omissão". Essa linha de raciocínio não é plenamente correta, pois depende muito de cada situação. Cortar abruptamente um relacionamento ou profícua amizade, na maioria das vezes, não tem volta e num futuro próximo traz arrependimento.
Por outro lado, nem sempre tomamos a decisão correta ao tirar alguém de nossa vida, principalmente quando somos fustigados por terceiro que exerce poder de convencimento mas não está dentro da relação para saber o que realmente está acontecendo.



