No início deste ano, um americano de 18 anos, que reside na cidade de Astoria, no estado de Oregon/EUA, postou no Facebook, em tom de brincadeira, o seguinte recado: "Dirigindo bêbado... clássico; mas para os donos dos carros em que bati, sinto muito". Um dos seguidores resolveu fazer denúncia anônima à polícia local, que entrou rapidamente em ação. Os policiais localizaram, inicialmente, dois proprietários de carros que estavam estacionados na mesma rua e que haviam registrado ocorrência de acidente de trânsito de autoria ignorada. Através da rede social, a polícia chegou ao endereço do suspeito, que estava com o carro amassado e acabou confessando a embriaguês e fuga do local das batidas. O jovem ficou preso por alguns dias; liberado após pagar fiança, aguarda julgamento. Muitos internautas usam as redes sociais para ofender, xingar, humilhar, caluniar e etc. É como se a rede mundial de computadores estivesse isenta do arcabouço legal. Ledo engano! Até as detentas de uma Cadeia Pública feminina, no centro de Manaus, postaram na internet, fotos de presas tomando banho de sol de biquíni e de um grupo de moças jogando dominó. As presidiárias, que tinham acesso à internet, relatavam diariamente o cotidiano na penitenciária, mostrando as regalias obtidas, inclusive manicure, que atendia duas vezes por semana. A administração da cadeia identificou 17 presas nas imagens e providenciou imediata transferência para outro estabelecimento prisional. Qualquer pessoa que se sentir ofendida ou prejudicada de alguma forma através do "mundo virtual", pode requerer seus direitos na justiça civil e criminal. A internet não pode ser encarada como jogo eletrônico, onde matar alguém faz parte da estratégia em rumo da vitória. Portanto, use a rede mundial de computadores de forma ética e responsável, para não se surpreender com a chegada à sua porta de oficial de justiça ou investigador de polícia.



