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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Coluna

Agosto de comemorações

12 agosto 2025 - 05h00

Muitos ainda ouvem que agosto é o mês do desgosto e do cachorro louco, entretanto não temos mais cachorros loucos, pois, a vacina os livra desse mal e os cuidados que temos com eles mudaram nossa visão.
Desgostos temos todos os dias do ano, por conta da partida de entes queridos, de situações que magoam, da violência que persiste, das doenças difíceis de curar e por muitos outros tantos motivos.
O mês de agosto é na verdade um mês de comemorações importantes na vida de muitas profissões, como o dos profissionais da Educação, dos Povos Indígenas, dos Pais e da Solidariedade (tão em falta) dia do Advogado, dos Direitos Humanos, do Folclore, do Soldado, do Despachante, do Psicólogo, do Vendedor de Loja, do Nutricionista e dos Bancários, são dias para se comemorar, além de ser o mês da Primeira Infância (que vai do nascimento até os seis anos), temos o dia Nacional do Selo, a semana Mundial do Aleitamento Materno, o dia do Capoeirista e do Tintureiro, da Campanha Educativa de Combate ao Câncer, o dia Nacional da Saúde.
Como percebemos não é mês de tristeza e de desgosto, temos muito a comemorar pelas profissões e pelas datas importantes nele contidas.
Além disso temos pessoas nascidas nesse mês que são especiais pelo carinho que dedicam ao próximo, pela sensibilidade, pela inteligência e muitos pelos nossos afetos pessoais, são importantes em nossa vida particular e social.
Na nossa região temos um complexo hospitalar, que durante muitos anos acolheu aqueles que sofriam de uma doença considerada altamente contagiosa, que era fortemente discriminada deste os antigos tempos, o antigo Asylo Santo Ângelo, hoje o CERAPC, Centro Especializado em Reabilitação Doutor Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, também conhecido como hospital doutro Arnaldo de Jundiapeba. 
Foi inaugurado em agosto de 1928, quando no dia dois foram transferidos os doentes do hospital dos Lázaros do Jaçanã para esse novo hospital, construído como um hospital modelo, uma obra avançada para seu tempo, numa área inicial de 194 alqueires no distrito de Jundiapeba, que foi aumentada em mais 95 alqueires e posteriormente de mais 58 alqueires, adquiridas dos proprietários da região, que perfaziam o total de 348 alqueires paulistas de terras.
A intenção era abrigar os portadores do mal de Hansen nesse hospital, que se encontravam internados em outros hospitais espalhados pelo Estado de São Paulo, para que tivessem um melhor e mais avançado atendimento.
Graças a descoberta do tratamento e da cura da hanseníase inicialmente pela afro americana Alice Ball e depois de anos pelo médico pesquisador Gerhard Amauer Hansen, que demonstrou que a lepra não tinha alto poder de contágio e propiciou o devido tratamento, sem o isolamento comum na época, o Asylo Santo Ângelo foi transformado num hospital que atende muitos outros tipos de tratamento.
O local é uma pequena cidade, com igreja, teatro, residências, enfermarias, Unidades permanentes de Terapia Intensiva para crianças e adultos, com alguns prédios históricos e muita história para contar.
Os profissionais da saúde quando designados para o administrar e que não o conhecem, descobrem que não se trata de um simples hospital, mas de uma comunidade, que aloja pessoas que irão permanecer toda sua vida ali internados, outros que passam pela reabilitação e, que terão que administrar além do hospital toda uma comunidade que ali vive.
Um local que tem em sua criação uma trágica caminhada de dor e sofrimento e hoje traz alento e cura para muitos... 
Comemora 97 anos neste mês de agosto, orgulhoso de sua história, apesar de todos os percalços que passou.